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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Bahia precisa recuperar a capacidade de planejar, diz Lídice

A senadora Lídice da Mata pregou uma reformulação do programa Minha Casa Minha Vida durante  participação na série “Diálogo com Pré-Candidatos ao Governo da Bahia”, organizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA) e pelo Fórum “A Cidade Também é Nossa”.
“Em que pese os méritos de resgatar uma política habitacional para o País, o Programa Minha Casa Minha Vida se limita apenas a oferecer abrigo às famílias, em locais de difícil acesso e sem infraestrutura. Os conjuntos implantados não dialogam com as cidades, são pessimamente inseridos no espaço urbano, distantes dos centros de serviços, não têm áreas previstas para equipamentos comunitários, de saúde, educação e lazer. Muitos não dispõem de linhas de ônibus e promovem uma massificação arquitetônica. Essa política precisa ser reformulada”, destacou Lídice, durante o encontro realizado na segunda-feira (30/6), no auditório do CREA-BA, em Salvador.
 Para Lídice, os problemas que produzem a ação governamental restrita a um sistema viário precário, com água, luz e saneamento problemático em contraposição aos lucros obtidos pelas construtoras são reflexo da falta de planejamento e da replicação de modelos ineficazes por parte do governo estadual.
 “O nosso desafio é dialogar com o setor privado sem abrir mão do papel fundamental do Estado que é planejar, regular e fiscalizar. Só vale à pena concorrer ao governo do Estado se for para resgatar este papel”, destacou a senadora, que propõe como alternativas ao déficit habitacional as intervenções urbanísticas que promovam a conexão das áreas pobres aos centros das cidades indutoras do desenvolvimento regional.
 O debate passou de três horas de duração, extrapolou os temas inicialmente propostos pelos organizadores – mobilidade urbana, saneamento básico, habitação – e incorporou outros assuntos, como gestão, orçamento, transparência, saúde, segurança e educação. A mesa foi composta por João Benedito, coordenador da Federação das Associações de Bairro de Salvador (Fabs); José Tadeu Silva, presidente do Conselho Federal de Engelharia e Agronomia (Confea); Ordep Serra, coordenador do Fórum A Cidade Também é Nossa; Marco Antônio Amigo, presidente do CREA-BA; e Cláudio Mascarenhas, representante da ONG Socioambiental Germen. Também participaram como sabatinadores o arquiteto e professor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Ormindo de Azevedo; o urbanista Carl Von Hauenschild; o corregedor do Conselho Regional de Medicina, Marco Antônio Almeida; e a psicóloga Sissi Vigano, representando o Movimento Auditoria Cidadã da Dívida.
 A senadora Lídice da  Mata defendeu a criação de Conselhos não remunerados de Prefeitos das regiões metropolitanas de Salvador e de Feira de Santana com o objetivo de promover ações integradas capazes de distribuir de forma equitativa os investimentos em infraestrutura e serviços. Ela também defendeu que a linha 2 do metrô chegue até Camaçari, em vez de parar em Lauro de Freitas, e disse acreditar que o projeto da Ponte Salvador-Itaparica precisa ser amadurecido. “Eu tenho muitos questionamentos sobre a relação custo-benefício de um projeto de R$ 15 bilhões em um Estado que tem R$ 37 bilhões no orçamento. Ao mesmo tempo, não posso desconsiderar a enorme responsabilidade que tenho com o dinheiro público ao saber que apenas o estudo de impacto da ponte já consumiu R$ 90 milhões. Penso que precisamos resgatar esse dinheiro”, pontuou.
 Lídice disse que é preciso promover concursos públicos para as áreas técnicas e, em contrapartida, reduzir o número de funcionários públicos comissionados. Defendeu a necessidade de projetos estruturantes que integrem os polos de desenvolvimento dispersos nas bordas do Estado com os 69% do território situados no miolo, que correspondem ao semiárido, justamente a área mais pobre. “A Bahia precisa recuperar seu papel de protagonismo na economia do Nordeste, não é possível que não tenhamos a presidência de nenhuma instituição importante da região como a CHESF, Sudene e BNB”, reclamou.
 Fonte: Ascom PSB-BA (30/06/2014)
 

Marketing tricolor ganha destaque nacional

A rede ESPN por meio de seu site publicou matéria destacando as ações de marketing do Bahia envolvendo as delegações participantes da Copa do Mundo:
"Com direito a Neuer e Schweinsteiger, da seleção da Alemanha, berrando "Bahêa, Bahêa, Bahêa", uma coisa é fato: o Bahia foi a equipe brasileira que melhor aproveitou a Copa do Mundo para promover sua imagem. As muitas aparições na mídia e nas redes sociais no último mês foram todas parte de um plano traçado pela diretoria do clube para alcançar uma meta bastante ousada: ser o maior time do Brasil nos próximos três anos.
Além do vídeo dos alemães vestindo o uniforme do clube, a camisa do Bahia ainda foi vista nas redes sociais nas mãos de grandes personalidades da Copa, como o técnico dos Estados Unidos, Jurgen Klinsmann. Segundo o marketing da equipe tricolor, foi feita uma aproximação com seleções que podem ensinar novas estratégias de gestão ao time.
"Todo mundo falou: `ah, que golpe de sorte os alemães aparecerem com a camisa do Bahia`. Muito pelo contrário: já estávamos pensando e planejando isso há tempos. Quem nos ajudou nisso foi o Dante, que deu a camisa para eles. Mas já estávamos conversando com os alemães desde bem antes da Copa", explica Priscila Ulbrich, gerente de marketing da equipe tricolor, ao ESPN.com.br.
"E o melhor de tudo: gastamos muito pouco, o que é essencial para nós, já que vivemos um momento de reestruturação financeira", afirma.
Zagueiro Dante virou embaixador oficial do Bahia
Dante, no caso, é o zagueiro da seleção brasileira. Torcedor fanático do "Esquadrão de Aço", ele foi "promovido" a embaixador do Bahia, ajudando a fazer com que o clube de Salvador virasse mania entre os gringos.
A estratégia não poderia ter dado mais certo. Segundo dados do departamento de marketing do Bahia, o volume de notícias nacionais e internacionais sobre o time durante a Copa cresceu 350%.
A venda de camisas também bombou, principalmente entre torcedores dos Estados Unidos (pelas cores semelhantes), aumentando 30% - o uniforme amarelo, que homenageia a seleção brasileira, também foi um sucesso.
Nas redes sociais, outro sucesso: média de 2 mil novas curtidas no Facebook oficial do clube todos os dias, além da interação entre torcedores estrangeiros.
Jurgen Klinsmann com a camisa do Bahia
"Na transmissão de Bélgica x EUA [jogo em que Klinsmann posou com a camisa do Bahia], todas as emissoras falaram do Bahia. Foi o único time citado em uma transmissão de Copa! Aí você já vê a importância do que foi feito. Estamos recebendo e-mails de jornalistas do mundo todo. Só da Alemanha, recebi uns 80!", conta Priscila.
De fora do Brasil, já há muitos pedidos por produtos da equipe tricolor, segundo o departamento de marketing. Flâmulas do "Bahêa" são o principal objeto de desejo dos gringos. Em breve, o site dos baianos também terá versões em línguas estrangeiras.
"Queremos que o Bahia deixe de ser um time do Nordeste apenas. Estamos abrindo as portas e janelas do mundo para nós. Aparecemos na France Press, na TV alemã, na BBC, na ABC... O céu é o limite", brinca a gerente, que cria suspense.
"Esses que apareceram com a camisa do Bahia, como Neuer, Schweinsteiger, Ozil, Klose e Klinsmann, foram só os primeiros. Aguarde, que virão muitos mais. Deixamos a cereja do bolo para depois da Copa ainda", ressalta.
A estratégia das camisas deu tão certo na equipe da Fonte Nova que, recentemente, outros times brasileiros resolveram apostar nela. Casos, por exemplo, do Corinthians, que deu uma camisa para Lionel Messi após treino da Argentina em São Paulo, e do Santos, que distribuiu uniformes para atletas da Costa Rica."
Texto do EcBahia.com

quarta-feira, 2 de julho de 2014

2 DE JULHO INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

A Independência da Bahia 2 de Julho



A declaração de independência feita por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822, deu início a uma série de conflitos entre governos e tropas locais ainda fiéis ao governo português e as forças que apoiavam nosso novo imperador. Na Bahia, o fim do domínio lusitano já se fez presente no ano de 1798, ano em que aconteceram as lutas da Conjuração Baiana.


No ano de 1821, as notícias da Revolução do Porto reavivaram as esperanças autonomistas em Salvador. Os grupos favoráveis ao fim da colonização enxergavam na transformação liberal lusitana um importante passo para que o Brasil atingisse sua independência. No entanto, os liberais de Portugal restringiam a onda mudancista ao Estado português, defendendo a reafirmação dos laços coloniais.



As relações entre portugueses e brasileiros começaram a se acirrar, promovendo uma verdadeira cisão entre esses dois grupos presentes em Salvador. Meses antes da independência, grupos políticos se articulavam pró e contra essa mesma questão. No dia 11 de fevereiro de 1822, uma nova junta de governo administrada pelo Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo deu vazão às disputas, já que o novo governador da cidade se declarava fiel a Portugal.



Utilizando autoritariamente as tropas a seu dispor, Madeira de Melo resolveu inspecionar as infantarias, de maioria brasileira, no intituito de reafirmar sua autoridade. A atitude tomada deu início aos primeiros conflitos, que se iniciaram no dia 19 de fevereiro de 1822, nas proximidades do Forte de São Pedro. Em pouco tempo, as lutas se alastraram para as imediações da cidade de Salvador. Mercês, Praça da Piedade e Campo da Pólvora se tornaram os principais palcos da guerra.



Nessa primeira onda de confrontos, as tropas lusitanas não só enfrentaram militares nativos, bem como invadiram casas e atacaram civis. O mais marcante episódio de desmando ocorreu quando um grupo português invadiu o Convento da Lapa e assassinou a abadessa Sóror Joana Angélica, considerada a primeira mártir do levante baiano. Mesmo com a derrota nativista, a oposição ao governo de Madeira de Melo aumentava.



Durante as festividades ocorridas na procissão de São José, de 21 de março de 1822, grupos nativistas atiraram pedras contra os representantes do poderio português. Além disso, um jornal chamado “Constitucional” pregava oposição sistemática ao pacto colonial e defendia a total soberania política local. Em contrapartida, novas forças subordinadas a Madeira de Melo chegavam a Salvador, instigando a debandada de parte da população local.



Tomando outros centros urbanos do interior, o movimento separatista ganhou força nas vilas de São Francisco e Cachoeira. Ciente destes outros focos de resistência, Madeiro de Melo enviou tropas para Cachoeira. A chegada das tropas incentivou os líderes políticos locais a mobilizarem a população a favor do reconhecimento do príncipe regente Dom Pedro I. Tal medida verificaria qual a postura dos populares em relação às autoridades lusitanas recém-chegadas.



O apoio popular a Dom Pedro I significou uma afronta à autoridade de Madeira de Melo, que mais uma vez respondeu com armas ao desejo da população local. Os brasileiros, inconformados com a violência do governador, proclamaram a formação de uma Junta Conciliatória e de Defesa instituída com o objetivo de lutar contra o poderio lusitano. Os conflitos se iniciaram em Cachoeira, tomaram outras cidades do Recôncavo Baiano e também atingiram a capital Salvador.



As ações dos revoltosos ganharam maior articulação com a criação de um novo governo comandado por Miguel Calmon do Pin e Almeida. Enquanto as forças pró-independência se organizavam pelo interior e na cidade de Salvador, a Corte Portuguesa enviou cerca de 750 soldados sob a lideranaça do general francês Pedro Labatut. As principais lutas se engendraram na região de Pirajá, onde independentes e metropolitanos abriram fogo uns contra os outros.



Devido à eficaz resitência organizada pelos defensores da independência e o apoio das tropas lideradas pelo militar britânico Thomas Cochrane, as tropas fiéis a Portugal acabaram sendo derrotadas em 2 de julho de 1823. O episódio, além de marcar as lutas de independência do Brasil, motivou a criação de um feriado onde se comemora a chamada Independência da Bahia.