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terça-feira, 7 de junho de 2011

É HORA DE VOLTAR A LOTAR PITUAÇO E INICIAR A ARRANCADA CONTRA O GALO, QUE DEVE CHEGAR COMO LÍDER... E DAÍ?

Em uma semana, por causa de uma derrota para o Grêmio, no Rio Grande do Sul --onde nunca havíamos vencido na história do Brasileiro--, um início de empolgação pós-empate com o Flamengo, no último minuto, com um homem a menos e tendo sido garfados pela arbitragem, virou quase desespero por parte de alguns. O próprio tropeço para o América, em Minas Gerais, não primou pela justiça, na estreia. "MAS O BAHIA ESTÁ NA ZONA DE REBAIXAMENTO!", gritam. "Metereologistas das desgraças antecipadas", diria o técnico René Simões, como escreveu em carta à Nação Tricolor dias antes do campeonato. E, ao menos por enquanto, é mesmo por aí. O inimigo não pode estar dentro da própria torcida. Transcorridas as mesmas três rodadas (DE 38), na temporada passada, o campeão Fluminense também havia perdido seus dois primeiros jogos... O Grêmio --que se classificaria para a Libertadores-- também estava com um único ponto na tabela.... E o Avaí, salvo da degola apenas na penúltima partida, ostentava sete pontos, pomposo na vice-liderança. É HORA DE VOLTAR A LOTAR PITUAÇO E INICIAR A ARRANCADA CONTRA O GALO, QUE DEVE CHEGAR COMO LÍDER... E DAÍ? São apenas três jogos. Os caras ainda não estrearam. De fato, precisamos melhorar a zaga, a marcação no meio de campo e na posição de centroavante de área. Porém, desculpem a redundância, são apenas três rodadas. Podemos não conquistar o tri --estamos longe disso, claro. Mas não já estamos rebaixados. Reflita aí no texto abaixo do jornalista e grande tricolor Flávio Novaes, especialmente para a ocasião:

***

"Perigoso e onipresente. Ronda o ambiente, tenta instalar o pânico, minar forças, puxar pra baixo, diminuir. O principal adversário está fora do campo. Duzentos anos intermináveis fora da Primeira, vexames, nada de título baiano. Mas a principal derrota do Bahia nas últimas oito temporadas é a perda da auto-estima e, como consequência, o fim do respeito alheio para o primeiro campeão brasileiro do país, em 1959. Para voltar a meter medo, diretoria, comissão técnica e jogadores primeiro terão que superar um estigma de inferioridade. No avião, um sorrisinho de canto de boca. A camisa tricolor chamava a atenção pela beleza, mas um ou outro comentário incomodava. Estranho. Já em solo mineiro, marcando terreno e à espera a carona, os taxistas começam a provocar: “O América vai ganhar, vocês vão voltar à Série B”.

Eu tenho certeza, cena 1. Em um campo próximo a Pituaçu, o Atlético Goianiense tenta uma vaga na final da Copa do Brasil. Estamos em maio de 2010 e os dois times seguem embalados. Tantos meses depois, voltam a se encontrar, agora pelo Brasileiro No mesmo campo, um 0 a 0 leva a equipe da casa para a Segundona. Com o empate, o Atlético se salva, fica em 16º.

Esse ano é nosso, cena 2. Campeão estadual, pela segunda edição seguida na Série A, moral absurda com a torcida, rival na pior. Guga e os caras da ilha felizes com o Avaí, sete pontos nos três primeiros jogos. Segunda metade pra lá, sofrimento. Escapa no final.

Vai dar tudo errado, cena 3. “Esse argentino nojento não vai nos levar a lugar algum”, dizia o torcedor do Fluminense, retado com os três pontos nos três primeiros jogos do Brasileiro do ano passado. Mais ao Sul, o torcedor do Grêmio também se irrita com o atacante Jonas. Não é possível o campeão do mundo com um ponto em três jogos...

Apita o árbitro, fim de mais uma edição do campeonato mais difícil do mundo: Flu campeão, Grêmio na Libertadores."

PS: Apontado por todos como candidato ao título, ao lado do Santos e talvez do Internacional, o Cruzeiro está hoje empatado na classificação com o Esquadrão de Aço. “Tanta coisa interfere no Campeonato Brasileiro, que nada é parâmetro para ele” -

Jornalista Paulo Vinícius do Coelho - 6 de junho de 2011 - Linha de Passe (ESPN Brasil)
Texto retirado do ecbahia.com

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