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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Paroano Sai Milhó lança livro esta quinta-feira

Reunir 47 anos de histórias, músicas e vidas em um livro não é das tarefas mais fáceis, mas com certeza é uma das mais prazerosas, é o que garante. Foi ele que se inspirou e idealizou esta publicação que marca, de forma singular e substantiva, a vida do Paroano. “Este é um registro histórico de uma exemplar manifestação coletiva criada para alcançar pessoas e coletividades, sem preconceitos e distinções. Um todo, feito com muita seriedade e muito amor, por todos que integraram e integram o Paroano”, descreve o autor.
Com prefácio de Francisco Mascarenhas, o único que está no grupo desde o início, a obra conta ainda com a fundamental dedicação de todos os integrantes que colaboraram com a reunião de imagens, textos, vídeos, depoimentos e casos que serviram de base para a produção do livro Paroano Sai Milhó - Histórias de Amor à música, à alegria, às cores e à vida.
O lançamento, que será realizado esta quinta-feira, a partir das 19 horas na livraria Cultura do Salvador Shopping, vai reunir familiares e amigos deste grupo musical de tradição do Carnaval baiano que, despretensiosamente, foi fundado pelo saudoso Janjão, Antônio Carlos Queiroz Mascarenhas, que liderou a ida às ruas durante o carnaval de 64 ao lado de outros oito divertidos aventureiros.
Naquela época não existiam ainda os grandes blocos, os trios eram poucos, o que se via nas ruas durante o carnaval baiano eram as manifestações populares através de fantasias que todos faziam questão de vestir (baiana, oficial da marinha, árabe, cigana, gladiador, jogador de futebol, ...). As ruas, além de decoradas, recebiam sonorização nos postes e árvores, de forma a entreter os foliões nos intervalos entre os blocos. O repertório musical carnavalesco tinha sua divulgação em dezembro do ano anterior por meio das transmissões radiofônicas. Havia preocupação em aprender todas elas.
Nesse contexto, foi-se desenhando a saída dos precursores do Paroano Sai Milhó que ensaiavam apenas as músicas a serem cantadas na rua, o resto era improviso. O entusiasmo foi marcante e determinante para a continuidade, assim como para documentar o ocorrido ao longo destes anos. A história tem, a seu lado, além de inúmeros registros e muitas estórias.
Entretanto, apesar de dispor de um acervo razoável (matérias de jornais, revistas, fotografias, gravações – filmes e áudio, depoimentos, fantasias, músicas especialmente compostas, quatro CDs gravados) e contando com a memória de muitos, o Paroano, enquanto grupo informal, pouco se deu a registrar, de maneira organizada, a sua vida. Mas estes registros (até de memória) agora estão neste livro e revelam que, quando o Paroano é visto ou ouvido, sempre fica o desejo de voltar a fazê-lo. Estão registrados nesta obra também a passagem de todos os paroaneiros que, por muito ou pouco tempo, deixaram sua marca e hoje estão espalhados pelo mundo.
Todo conteúdo do livro é narrado cronologicamente desde o início do bloco, em 1964, até o Carnaval de 2010. Ao invés de capítulos, a divisão é feita por termos que relatam essa descrição como, por exemplo, Entrando na Roda, com o início das apresentações pelas ruas; ou O Nome e os Nomes, que conta a história da escolha do nome do grupo e as polêmicas que a envolve; além do Mulheres no Paroano, especialmente dedicado às damas que acompanharam (e ainda acompanham) de perto a carreira do grupo. Na obra também há relatos de como atualmente o grupo se apresenta com o mesmo amor à música dos antigos carnavais de rua da cidade, ao som de marchinhas e de canções inesquecíveis “paroanizadas”. “Hoje somos quinze componentes, irmanados no original propósito, firme e consolidado, de levar alegria, independentemente da condição do público”, Francisco Mascarenhas, co-fundador do Paroano.

Paroano Sai Milhó - Histórias de Amor à música, à alegria, às cores e à vida
Autor: Archibaldo Daltro Barreto Filho, o Quico
Valor do livro: R$ 80,00
Lançamento: 02 de junho, às 19 horas
Local: Livraria Cultura do Salvador Shopping

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