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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

12 de outubro -- Nossa Senhora da Conceição Aparecida: Padroeira do Brasil

O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco. Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha.O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial. A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano. 
 primeiros milagres:
A imagem ficou com o pescador durante 15 anos, depois foi passada pelo filho dele, Atanásio, que construiu um pequeno oratório, onde amigos e vizinhos se reuniam para rezar. Contam que numa certa noite, durante uma oração de terços, as velas que iluminavam a imagem se apagaram misteriosamente, sem que tivesse uma única rajada de vento para justificar o que tinha acontecido. Quando foram acender as velas de novo, tudo se iluminou de repente. Mas o milagre mais famoso da época foi o do escravo Zacarias, que suplicou à Virgem Maria que o libertasse das torturas de seu cruel dono. O escravo tinha fugido da fazenda, mas ao ser capturado, pediu ao capataz que o deixasse fazer uma oração na capela onde estava a imagem de Nossa Senhora. Quando começou a rezar, ouviu um estalo e as algemas de ferro, que prendiam os seus pés, abriram-se de maneira milagrosa. O capataz, assustado com o que viu, deixou que o escravo fossse embora imediatamente.
Curiosidades sobre a imagem:
A escultura encontrada no rio era feita em terracota, barro cozido. Ela foi reconhecida como sendo de Nossa Senhora por monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia. Acredita-se que a imagem teria sido esculpida pelo monge Frei Agostinho de Jesus. Segundo peritos, a imagem original era branca, com um manto pintado em azul. A cor negra teria surgido depois que ela ficou exposta, durante anos, à fumaça das velas e dos candeeiros. Nessa imagem, Nossa Senhora estaria sorrindo, revelando uma covinha no queixo, teria flores no cabelo e um broxe de três pérolas. Em 1978, a imagem sofreu um atentado e se reduziu a mais de 200 fragmentos. Foi levada até o Museu de Arte de São Paulo e reconstruída pela artista plástica Maria Helena Chartuni.

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