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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O caminho da religiosidade pós-moderna.

O regime militar desbaratou os movimentos revolucionários dos jovens da década de 60 e 70. Depois fracassou e cedeu o poder aos civis de maneira pouco honrosa. O ânimo combativo dos jovens se esfriou. O inimigo se esfumou. O socialismo desabou ruidosamente. O sandinismo corrompeu-se. Fidel adoeceu e Cuba continua solitária na opção socialista. Irrompeu imenso vazio ao lado de dolorosa decepção na vida de muitos que sonhava com o mundo justo, fraterno e solidário. Em seu lugar, o neoliberalismo triunfante impôs a lei rígida do mercado. Tudo se torna mercadoria. O consumismo cresce enormemente. Imperam a exterioridade, o marketing, a propaganda, a onda colorida midiática. Já não se consegue vislumbrar nenhum caminho de crescimento serio. Abre-se o campo para espiritualidade pós-moderna de corte pentecostal, que invade o espaço baldio do coração da geração desiludidas. Pulam inúmeras religiões, oferecendo produtos de consumo piedoso. O caminho espiritual se povoa de ritos, festas, aleluias. A vida, que se torna seca, encontram sentido nestas propostas. A emoção religiosa leva a melhor no confronto com a racionalidade moderna. Esta se reduz ao mundo tecnológico, que afeta a espiritualidade, transforma-se em tecnologia que a incentiva. Os recursos visuais e auditivos criam clima de alta sensibilidade espiritual.

J.B.Libanio,

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