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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um momento histórico da Juventude.


Passamos por um momento histórico  de acentuadas inquietações e de múltiplas incertezas em várias partes do mundo. Aqueles identificados com a social democracia esforçam-se por conhecer mais e melhor a sociedade em que vivem, para, em seguida, nela atuar efetivamente como sujeito da ação, socializando suas crenças, experiências e expectativas, uma vez  que democracia, socialismo, liberdade e cidadania, são, além de valores universais, as  conquistas que conferem  dignidade à vida humana.

Preservados os mecanismos tradicionais da representação, há que se investir numa democracia cada vez mais participativa. Vivesse, pois, aquele privilegiado período histórico em que as abstrações próprias do formalismo cedem espaço ou aprendem a conviver a crescente participação da sociedade na gestão dos assuntos públicos. Seguindo esta linha de raciocínio, precisamos implantar as Politicas Publicas de Juventude (PPJ), através dos organismos governamentais de juventude, real instrumento de inclusão social.

As políticas governamentais de Juventude deixaram de ser reivindicações unicamente dos estudantes. Hoje é demanda social em mesmo nível de saúde, educação e outros. Atualmente muito mais da metade dos presos são jovens, quem mais mata e quem mais morre em acidente de transito são jovens, quem mais morre  nos guetos e nos bairros periféricos são jovens que não tiveram oportunidade e  acabam indo para o mundo das drogas e os caminhos turvos da vida. Vale ressaltar que sem dúvida alguma,  isso acontece pela falta de Politicas Publicas para a Juventude.

A luta pelo primeiro emprego, exemplo número  um de  aspiração da Juventude, é uma realidade que desafia municípios em grande parte do Brasil. Em algumas localidades  observando a necessidade de se desenvolver programas voltados para a juventude, o governo  conseguiu  romper o preconceito e a desinformação implantando órgão e programas especialmente voltados para os jovens, como  entidades e Conselhos em nível Federal, Estadual e Municipal. A preocupação com a PPJ hoje é tão grande que existe a Coordenação de Juventude em nível de Brasil e muitos  Estados aderiram a ideia seja como Secretaria ou Coordenação pois, muitos dos nossos governantes já entendem que pensar na Juventude é investir no presente.
 Não podemos esperar o amanhã, precisamos agir agora pois a Juventude é o amanhã do Brasil.

Adriano Wirz

Presidente da JSB - Bahia 
Membro do Conselho de Juventude do Estado da Bahia 

Mais da metade dos jovens brasileiros desejam empreender


Mais da metade, 56%, dos jovens brasileiros sonham em ter um negócio próprio, sendo que 51% deles pretendem empreender em um prazo de até 6 anos. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Cia de Talentos, agência de recrutamento, em parceria com a Nextview People, empresa de pesquisas em gestão e desenvolvimento de pessoas.
Os jovens da região Norte são os que mais querem ter um negócio próprio, seguidos pelos da Centro-Oeste, Sul e Nordeste. O Sudeste do país fica com a última posição. “As regiões Norte e Nordeste são menos saturadas, o que torna um pouco mais fácil criar algo”, considera Maíra.
Ao mesmo tempo em que aumentou o interesse pelo empreendedorismo, diminuiu de 87% para 75% o índice dos que também avaliam trabalhar em empresas privadas.
Exemplo brasileiro
Eike Batista foi a personalidade mais citada pelos jovens brasileiros na questão “líder mais admirado”. Empreendedorismo e capacidade de inovar do empresário foram as justificativas utilizadas por 61% dos entrevistados para a escolha.
Como empreender?
Existem diversas organizações de jovens voltadas para apoiar outros jovens no empreendedorismo. Uma boa forma de tirar suas dúvidas e colocar suas ideias de negócios em prática é participar dos eventos realizados por instituições como a RioJunior, Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio de Janeiro, e Aliança Empreendedora.
Outra boa forma de buscar apoio para seu negócio é através de Startups. Diversas organizações, empresas e organizações do Brasil realizam um movimento de eventos e discussões sobre empreendedorismo, negócios e seleções períodicas de startups de projetos ou/e empresas.
Procure informações sobre o Salão de Inovação da Rio InfoCircuto Startups ou empresas-anjos, como são chamados investidores especializados em projetos jovens.
com informações da Revista Exame e do Portal Infojovem

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Votos dos jovens brasileiros terão impacto sobre a eleição 2012

As eleições municipais estão chegando e segundo dados do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os votos dos jovens brasileiros terão impacto sobre a eleição 2012. A Porcentagem de jovens aptos a votarem é de cerca de 42% da população brasileira. E em algumas capitais importantes esse número pode chegar até 54%. Significando, assim, que o resultado da eleição 2012 poderá ser decidido pelos jovens!

O Brasil tem a particularidade de que a pessoa começa a ser considerada cidadã a partir do momento em que efetua a sua inscrição eleitoral. Usufruir do direito de votar é uma forma do jovem exercer a cidadania e mostar sua opinião sobre o futuro que deseja para o seu país. Para isso, pesquisas mostram os temas que os jovens serão mais influênciados na hora de votar:
1º lugar: A situação econômica.
2º lugar: Segurança Pública.
3º lugar: Educação.
Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país. O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade.
Como votar conscientemente :
  • Em primeiro lugar temos que aceitar a idéia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político?
  • É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que nosso representante anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo idéias para o seu representante.
  • Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto
  • A cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático.

    Fonte: Info Jovem 

Use o Facebook para entrar no mercado de trabalho


Facebook é o espaço onde podemos interagir com nossos amigos, certo? Errado. Há muito tempo as redes sociais viraram espaços virtuais com representação de toda a sociedade. E o Brasil embarcou com tudo nas redes sociais!
Além dos seus amigos e colegas, seu chefe, sua família e o cara da padaria podem ser usuários das redes sociais. Sites e plataformas sociais foram apropriadas pelo capital. Muitas empresas fazem marketing, relacionamento, captação de talentos e outras coisas através do Facebook, orkut, Linkedin, Istangram…
O fato é que as redes sociais são uma ferramenta de busca por novos funcionários. Saiba como atrair e aproveitar as oportunidades que estão na rede.
10 mandamentos do uso (saudável e $$) do Facebook
1) Muito cuidado com o português. Caso seja necessário, utilize o corretor ortográfio do seu programa de texto (Word, Br Office…), dicionários ou gramáticas digitais.
2) Cuide do seu perfil. Ele é o seu corpo virtual. É através dele que as pessoas te conhecerão na rede. Por isso, muita atenção ao preencher seus dados, preferências e fotos.
3) NUNCA poste palavrões, pornografia ou comentários discriminadores. (Aquela provacação tradicional aos torcedores do time rival deve ser SAUDÁVEL)
4) Evite falar mal do seu emprego, escola e amigos. Existem muitas maneiras de se dizer a mesma coisa. Faça críticas construtivas e respeitosas!
5) Só poste fotos que você mostraria para a sua mãe, diretora e chefe (mais cedo ou mais tarde essa galera vai te achar no Facebook)
6) Poste coisas que te motivam. Pode ser uma citação, foto, história, música ou qualquer coisa que torne o seu dia mais legal.
7) Participe de grupos que sejam condizentes com seus interesses.
8) Leia os tweets. Muitos amigos ou/e empresas divulgam oportunidades em seus perfis e páginas! Fique atento!
9) Faça relacionamento! Não tenha medo de interagir, adicionar pessoas conhecidas ou enviar mensagens para pessoas que você admira ou deseja conhecer! ATENÇÃO: NÃO SEJA CHATO, INSISTENTE ou/e PUXA-SACO.
10) VIVA! Ninguém consegue ser legal e agradável no Facebook sem ter uma vida real. Minhas três principais dicas são: leia muito, observe o mundo e interaja.
Fonte: Infojovem

domingo, 12 de agosto de 2012

Meu pai meu herói, meu pai meu orgulho...


















Esta é uma homenagem ao meu pai do qual tenho muito orgulho, apesar das diferenças politicas as vezes é minha grande espiração, pois tudo que tenho devo aos conselhos e ensinamentos dele. A honestidade, o respeito com as pessoas, sempre perguntar o que faria Deus no meu lugar antes de tomar uma decisão, tenho muito orgulho de meu pai... meu pai minha vida meu pai meu orgulho.
Este vídeo gostaria de homenagear também a todos os pais do Brasil.


sábado, 11 de agosto de 2012

HISTÓRIA DA DA UNE QUE FAZ HOJE 75 ANOS.


ANTES DA  UNE

O primeiro curso superior do Brasil foi criado em 1808, com a chegada da família real portuguesa ao país. Durante todo o século 19, o ensino superior brasileiro esteve restrito a uma parcela extremamente limitada da população, com pouquíssimas instituições no país. No entanto, logo no início do século 20, com o crescimento da industrialização e das cidades, os estudantes também cresceram em número e importância.
O movimento estudantil tem seus primórdios em 1901, quando é criada a Federação dos Estudantes Brasileiros, entidade pioneira, porém que teve pouco tempo de atuação. Já em 1910 é realizado o I Congresso Nacional de Estudantes, em São Paulo. O rápido aumento do número de escolas, nas primeiras décadas do século, acompanhou também a rápida organização coletiva dos jovens, que desde o início de sua atuação, estiveram envolvidos com as principais questões do país.
A partir da Revolução de 1930, a politização do ambiente nacional levou os estudantes a atuarem firmemente em organizações como a Juventude Comunista e a Juventude Integralista. A diversidade de opiniões e propostas crescia, assim como o desejo de todos em formar uma única entidade representativa, forte e legítima, para promover a defesa da qualidade de ensino, do patrimônio nacional e da justiça social.

ANOS 50 INÍCIO DA DÉCADA DE 60 
Após a Guerra, a UNE fortaleceu a sua participação e posicionamento frente aos principais assuntos nacionais, fortalecendo o movimento social brasileiro em ações como a defesa do petróleo, que começava a ser mais explorado no país. Após a promulgação da Constituição de 1946, foi travado um grande debate entre os que admitiam a entrada de empresas estrangeiras para a extração, e os que defendiam o monopólio nacional. A UNE foi protagonista nesse momento com a campanha “O Petróleo é Nosso”. A luta prosseguiu até 1953, quando se deu a criação da Petrobras.
Durante os anos 50, houve muita disputa pelo poder na entidade, um embate diretamente ligado aos principais episódios políticos do país como a crise política do governo Vargas que levaria ao suicídio deste presidente em 1954. Após o governo de Juscelino Kubitschek, foram eleitos Jânio Quadros e João Goulart, o Jango. Nesse período a União Nacional dos Estudantes e outras grandes instituições brasileiras formaram a Frente de Mobilização Popular. A UNE defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas pelo governo.
A renúncia de Jânio Quadros em 1961 e a turbulência acerca da posse do vice João Goulart fizeram a UNE transferir momentaneamente sua sede, no ano 1961, para Porto Alegre. Ali, os estudantes tiveram atividade vital na chamada Campanha da Legalidade, movimento de resistência para garantir que Jango fosse empossado. Quando conseguiu chegar o poder, o presidente foi o primeiro da história a visitar a sede da UNE, já no Rio de Janeiro. Desde aquele período, crescia a tensão entre os movimentos sociais e os grupos conservadores da sociedade, entre eles os militares, que tentavam intimidar e coibir as ações da UNE.
Em 1962, a UNE lançou um projeto ousado, a mobilização a partir de caravanas que rodariam o Brasil. A primeira delas, que aconteceu naquele ano, foi a UNE Volante, que, em conjunto com o Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, contribuiu para consolidar a dimensão nacional da entidade em todo o território do Brasil. Durante dois meses, a UNE foi ao encontro de estudantes de várias partes do país para debater a necessidade das reformas e entender a realidade brasileira com seus contrastes e potencialidades. Em 1964, o presidente da UNE José Serra foi um dos principais oradores do comício da Central do Brasil, que defendia as reformas sociais no país e foi um dos episódios que antecederam o golpe militar.

A DITADURA MILITAR  DE 1964 A 1985 
A primeira ação da ditadura militar brasileira ao tomar o poder em 1964 e depor o presidente João Goulart foi metralhar, invadir e incendiar a sede da UNE, na Praia do Flamengo 132, na fatídica noite de 30 de março para 1º de Abril. Ficava clara a dimensão do incômodo que os militares e conservadores sentiam em relação à entidade. A ditadura perseguiu, prendeu, torturou e executou centenas de brasileiros, muitos deles estudantes. O regime militar retirou legalmente a representatividade da UNE por meio da Lei Suplicy de Lacerda e a entidade passou a atuar na ilegalidade. As universidades eram vigiadas, intelectuais e artistas reprimidos, o Brasil escurecia. Em 1966, um protesto em Belo Horizonte na Faculdade de Direito é brutalmente reprimido. No mesmo ano, também na capital mineira, a UNE realiza um congresso clandestino porão de uma igreja. Já no Rio de Janeiro, na Faculdade de Medicina da UFRJ, a ditadura reprimi com violência os estudantes no episódio conhecido como Massacre da Praia Vermelha.
Apesar da repressão, a UNE continuou a existir nas sombras da ditadura, em firme oposição ao regime, como aconteceu no ano de 1968, marcado por revoluções culturais e sociais em todo o mundo. Foi quando estudantes e artistas engrossaram a passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro, pedindo democracia, liberdade e justiça. No entanto, os militares endureciam a repressão em episódios como o assassinato do estudante secundarista Édson Luis e a invasão do Congresso da UNE em Ibiúna (SP), com a prisão de cerca de mil estudantes. No fim do mesmo ano, a proclamação do Ato Institucional número 5 (AI-5) indicava uma violência ainda maior.
Nos anos seguintes, a ditadura torturou e assassinou estudantes como a militante Helenira Rezende e o presidente da UNE, Honestino Guimarães, perseguido e executado durante o período de clandestinidade da entidade. Mesmo assim, o movimento estudantil continuou nas ruas, como nos atos e missa de 7º dia da morte do estudante da USP, Alexandre Vannucchi Leme, em 1973.
Ao final dos anos 70, com os primeiros sinais de enfraquecimento do regime militrar, a UNE começou a se reestruturar. O Congresso de reconstrução da entidade aconteceu Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, assim como pedindo a libertação de estudantes presos do Brasil. No início dos anos 80, os estudantes tentaram também recuperar sua sede na Praia do Flamengo, mas foram duramente reprimidos e os militares demoliram o prédio.
DIRETAS JÁ E FORA COLLOR 
Com o fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas para defender suas bandeiras históricas e a consolidação da democracia no país. Em 1984, a UNE participou ativamente da Campanha das “Diretas Já”, com manifestações e intervenções importantes nos principais comícios populares daquele período. A entidade também apoiou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República. Em 1985, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto, de autoria do deputado e ex-presidente da UNE Aldo Arantes, que trazia a entidade de volta para a legalidade.
Durante as eleições de 1989, a UNE se posicionou contra o projeto defendido pela candidatura de Fernando Collor de Melo, criticando seu aspecto neoliberal e distante das reformas históricas defendidas pelo movimento social. Quando o presidente envolveu-se em escândalos sucessivos de corrupção, o movimento estudantil teve papel predominante na mobilização dos brasileiros com o movimento dos jovens de caras pintadas na campanha “Fora Collor”. Em 1992, após enormes manifestações estudantis com repercussão em todo o país, o presidente renunciou ao cargo para não sofrer processo de impeachment pelo Congresso Nacional.
 A UNE E A NOVA DEMOCRACIA BRASILEIRA 

Após as turbulências da redemocratização do Brasil, o movimento estudantil passou a conviver, a partir de 1994, com novos desafios em um período de maior estabilidade política. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que ganhou duas eleições seguidas, as principais pautas dos estudantes foram a luta contra o neoliberalismo e a privatização do patrimônio nacional. Foi uma época de embate do governo federal com os movimentos sociais, marcando o período de menor diálogo e negociação da UNE com o poder executivo na história, à exceção do regime militar.
A UNE posicionou-se firmemente contra a mercantilização da educação, promovida pela gestão FHC. Durante seu governo, foram privilegiadas as instituições particulares de ensino, com o sucateamento das universidades públicas e atrito constante com professores, funcionários e estudantes das federais de todo o país. Outras bandeiras da UNE foram contra os abusos nas mensalidades do ensino particular e contra o Provão, sistema de avaliação institucional aplicado sobre as universidades brasileiras. O ano de 1999 marca a retomada do trabalho cultural da entidade com a realização da 1ª Bienal da UNE. No mesmo ano, o presidente cubano Fidel Castro participa do congresso da UNE em Belo Horizonte, no ginásio do Mineirinho. Já em 2001, é lançado o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da UNE.
Em 2002, uma grande coalizão das forças populares e democráticas do Brasil conduziu o metalúrgico e sindicalista Luís Inácio Lula da Silva à presidência do país. Os estudantes apoiaram a candidatura Lula após um plebiscito nas universidades. Durante a gestão do novo presidente, que também seria reeleito como seu antecessor, os estudantes reabriram o canal histórico de interlocução com o governo federal. Assim como Jango, Lula, por duas vezes, visitou pessoalmente a sede da UNE na mesma Praia do Flamengo 132.
A UNE avançou em suas reivindicações, defendendo a reforma universitária, com aumento do acesso e permanência dos jovens brasileiros no ensino superior. Em 2004, foram realizadas duas caravanas da UNE por diversos estados do país levando aos estudantes temas como a própria reforma e também a cultura. Foram elas a “Caravana UNE pelo Brasil” e a “Caravana Universitária de Cultural e Arte – Paschoal Carlos Magno”. O resultado da atuação da entidade e do debate sobre a reforma foi a criação, junto ao governo federal, de programas como o ProUni, que garante bolsas em universidades particulares para estudantes de baixa renda, e o Reuni, programa de expansão das vagas em universidades públicas. Em 2005, o estudante paulista Gustavo Petta se tornou o primeiro presidente reeleito da UNE.
Em 2007, após uma grande manifestação no Rio de Janeiro, os estudantes ocuparam o terreno de sua antiga sede, na Praia do Flamengo, que havia sido demolido pela ditadura militar e estava de posse de um estacionamento clandestino. Após a ocupação e com a montagem de um acampamento que se prolongou por meses, a UNE ganhou na justiça a posse do local e, alguns anos depois, o reconhecimento completamente unânime do Congresso Nacional de que o Estado brasileiro tinha uma dívida com os estudantes pela invasão, incêndio e demolição da sua sede. Em 2010, um dos últimos atos do presidente Lula no cargo foi inaugurar, no local, as obras para a reconstrução do prédio da UNE.
UNE SÉCULO XXI 
Neste início de século 21, o movimento estudantil diversificou sua atuação, em direção às principais demandas da juventude brasileira. A UNE se mobiliza em grandes Bienais, que valorizam áreas como ciência, tecnologia e esporte, em movimentos de estudantes negros, mulheres, gays, lésbicas e outros grupos. Em 2008, a entidade realizou mais uma caravana nacional, desta vez pautando também temas como a saúde e qualidade de vida da população jovem brasileira. Além disso, a UNE tem papel central na Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), integrando suas lutas às dos jovens dos demais países do continente. O movimento estudantil brasileiro hoje defende bandeiras como a do software livre, inclusão digital, meio ambiente, segurança pública e o protagonismo positivo do Brasil, enquanto nação emergente, no novo cenário mundial.
Em 2010, a UNE apoiou no segundo turno a candidatura de Dilma Rousseff, ex-militante estudantil que se tornou primeira mulher presidente do Brasil. Duas conquistas histórica nesse período marcam o movimento estudantil: a aprovação da PEC da Juventude no Congresso Nacional, incluindo na constituição o termo juventude e dessa forma reconhecendo os direitos dessa parcela da sociedade, e a aprovação da emenda ao projeto de lei do Pré-sal que garante a destinação de 50% do fundo social, que irá gestar os recursos da camada do novo petróleo brasileiro, exclusivamente para a educação.
FONTE  UNE

Dia do Estudante


Dia do Estudante é uma data especial, pois é uma homenagema todas as pessoas que valorizam oconhecimento e ocrescimento pessoal. É comemorado em 11 de agosto porque esta é a data em que foram criados os dois primeiros cursos de nível superior no país: ciências jurídicas e ciências sociais. Isto ocorreu no ano de 1827, por decreto de D. Pedro I. Antes disso, quem quisesse cursar o ensino superior, teria que ir até a Europa, pois era só do outro lado do oceano que existiam universidades.Dessa forma, somente pessoas de famílias ricas poderiam concluir seus estudos, fato que acentuava ainda mais as diferenças sociais no Brasil.A data comemorativa foi instituída por ocasião da comemoração do centenário de criação dos cursos.                                                                                                                       
Vale lembrar queao longo dos anos este dia também marcou eventos importantes, como a criação da União Nacional de Estudantes ?UNE, em 1937, que é a entidade representativa dos estudantes em nosso país.

Estudo e perspectivas
Estudar é exercitar a memória para adquirir conhecimentos, aprender. Mas, para que isso aconteça, o estudante deve frequentar uma escola e participar das atividades propostas, fazer as tarefas de sala, bem como as passadas para serem feitas em casa, além de estudar, em casa, os conteúdos que foram passados em sala de aula.                                                             
Com o passar dos anos, passa a entender as matérias através da reflexão e da análise das mesmas.
Os estudantes devem ser responsáveis com seus estudos, pois o sucesso profissional virá através de muita dedicação. Além disso, merecem todo respeito e consideração de seus familiares, pois é o seu trabalho.
Cada vez mais é fundamental dar valor aos estudos e buscar novos caminhos. Só assim é possível ter qualidade de vida.
O estudo trás não somente benefícios financeiros, mas também realização pessoal e possibilidades de atuar de forma mais efetiva na sociedade. Por isso, atualmente, as pessoas se preocupam com uma formação sólida e, muitos, independente da idade, retomam os estudos com objetivo de exercer plenamente seu potencial.
Além da formação em cursos regulares, muitas pessoas buscam ampliar seus conhecimentos por conta própria, tornando-se autodidatas, seguindo seus interesses e métodos próprios. Sem dúvida, essa é uma maneira interessante e eficiente de construir o conhecimento.
Lembre-se: Nunca é tarde para aprender!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Biografia Jorge Amado - Centenário de Jorge Amado



Filho de João Amado de Faria e de D. Eulália Leal, Jorge Amado de Faria nasceu no dia 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna - Bahia. O casal teve mais três filhos: Jofre (1915), Joelson (1920) e James (1922).

Com apenas dez meses, vê seu pai ser ferido numa tocaia dentro de sua própria fazenda. No ano seguinte uma epidemia de varíola obriga a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus. Em 1917 a família muda-se para a Fazenda Taranga, em Itajuípe, onde seu pai volta à lida na lavoura de cacau.
Em 1918, já alfabetizado por sua mãe, Jorge retorna a Ilhéus e passa a freqüentar a escola de D. Guilhermina, professora que não hesitava usar a palmatória e impor outros castigos a seus alunos. No ano de 1922 cria um jornalzinho, "A Luneta", que é distribuído para vizinhos e parentes. Nessa época vai estudar em Salvador, em regime de internato, no Colégio Antonio Vieira, de padres jesuítas.

A bela redação que apresentou ao padre Luiz Gonzaga Cabral, com o título de "O Mar", lhe rende elogios e faz com que o religioso passe a lhe emprestar livros de autores portugueses e de outras partes do mundo. Dois anos depois, seu pai vai levá-lo até o colégio após as férias. Despedem-se e Jorge, ao invés de entrar nele, foge. Viaja por dois meses até chegar à casa de seu avô paterno, José Amado, em Itaporanga, no Sergipe. A pedido de seu pai, seu tio Álvaro o leva de volta para a fazenda em Itajuípe. 
É matriculado no Ginásio Ipiranga, novamente como interno. Conhece Adonias Filho e dirige o jornal do grêmio da escola, "A Pátria".  Pouco tempo depois funda "A Folha", que fazia oposição ao primeiro. No ano de 1927, passa para o regime de externato e vai morar num casarão no Pelourinho. Emprega-se como repórter policial no "Diário da Bahia". Pouco depois vai para o jornal "O Imparcial". Uma poesia de sua autoria, "Poema ou prosa", é publicada na revista "A Luva". Conhece o pai-de-santo Procópio, que o nomeará ogã (protetor), o primeiro de seus muitos títulos no candomblé.
Reúnem-se em torno do experimentado jornalista e poeta Pinheiro da Veiga os integrantes da Academia dos Rebeldes, grupo literário do qual, além de Jorge, faziam parte Clóvis Amorim, Guilherme Dias Gomes, João Cordeiro, Alves Ribeiro, Edison Carneiro, Aydano do Couto Ferraz, Emanuel Assemany, Sosígenes Costa e Walter da Silveira. A Academia fazia oposição ao grupo Arco & Flexa e pregava, no dizer de Jorge Amado, "uma arte moderna sem ser modernista". Os trabalhos de seus integrantes são publicados nas revistas "Meridiano" e "O Momento", ambas fundadas por eles.
Em 1929, começa a trabalhar em “O Jornal” onde publica, sob o pseudônimo de Y. Karl, a novela "Lenita", escrita em parceria com Dias da Costa e Edison Carneiro, que assinavam como Glauter Duval e Juan Pablo.
No ano seguinte transfere-se para o Rio de Janeiro para estudar. Conhece Vinicius de Moraes, Otávio de Faria e outros nomes importantes da literatura. "Lenita" é editada em livro por A. Coelho Branco Filho, do Rio de Janeiro.
Aprovado, entre os primeiros colocados, na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, em 1931, Jorge vê publicado pela  Editora Schmidt seu primeiro romance, "O país do carnaval", com prefácio de Augusto Frederico Schmidt e tiragem de mil exemplares. O livro recebe elogios dos críticos e torna-se um sucesso de público.
No ano de 1932, muda-se para um apartamento em Ipanema com o poeta Raul Bopp. Conhece José Américo de Almeida, Amando Fontes, Rachel de Queiroz (através de quem se aproxima dos comunistas) e Gilberto Freyre. Sai a segunda edição de "O país do carnaval", desta vez com tiragem de dois mil exemplares. Aconselhado por Otávio de Faria e Gastão Cruls, desiste de publicar o romance "Rui Barbosa nº. 2"; para eles, o livro não passava de uma cópia de "O país do carnaval". Viaja para Pirangi, na Bahia; impressionado com a vida dos trabalhadores da região, começa a escrever "Cacau".
A Ariel Editora, do Rio, em 1933, publica "Cacau", com tiragem de dois mil exemplares e capa e ilustrações de Santa Rosa. O livro esgota-se em um mês; a segunda edição sai com três mil exemplares. Entre a primeira e a segunda edição de Cacau, Jorge tem acesso, através de José Américo de Almeida, aos originais de "Caetés", romance de Graciliano Ramos. Empolgado com o talento do escritor alagoano, viaja para Maceió só para conhecê-lo, iniciando uma amizade que duraria até a morte de Graciliano. Conhece também José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Torna-se redator­chefe da revista "Rio Magazine". Casa-se em dezembro, em Estância, Sergipe, com Matilde Garcia Rosa. Juntos, eles lançam, pela Schmidt, o livro infantil Descoberta do mundo.
Em 1934, publica — também pela Ariel — o romance "Suor". Trabalha na Livraria José Olympio Editora, do Rio de janeiro, primeiro escrevendo releases e depois na parte editorial propriamente dita; tendo  influenciado na publicação de "O conde e o passarinho", primeiro livro de Rubem Braga, e no lançamento de autores latino-americanos como o uruguaio Enrique Amorim, o equatoriano Jorge Icaza, o peruano Ciro Alegría e o venezuelano Rómulo Gallegos (de quem traduziu o romance "Dona Bárbara").
Nasce sua filha Eulália Dalila Amado, em 1935. Escreve em "A Manhã", jornal da Aliança Nacional Libertadora, pelo qual cobre a viagem do presidente Getúlio Vargas ao Uruguai e à Argentina. "Cacau" é publicado pela Editorial Claridad, de Buenos Aires. Neste mesmo ano "Cacau" e "Suor" seriam lançados em Moscou. Conclui o curso de Direito. Lança "Jubiabá" pela José Olympio Editora. 
Sofre sua primeira prisão em 1936, por motivos políticos: acusado de participar do levante ocorrido em novembro do ano anterior em Natal — chamado de "Intentona Comunista” — é detido no Rio. Publica “Mar morto”, que recebe o Prêmio Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras.
No ano seguinte faz papel de pescador no filme “Itapuã”, de Ruy Santos, no qual também colabora com o argumento. Viaja pela América Latina e depois vai aos Estados Unidos. Enquanto está fora, sai no Brasil “Capitães da areia”. Quando chega a Belém, vindo do exterior, é avisado pelo escritor paraense Dalcídio Jurandir do golpe de Vargas. Foge para Manaus, mas lá é preso. Seus livros, considerados subversivos, são queimados em plena Salvador por determinação da Sexta Região Militar. Segundo as atas militares, foram queimados 1.694 exemplares de "O país do carnaval", "Cacau", "Suor", "Jubiabá", "Mar morto" e "Capitães da areia".
Liberto, em 1938, o escritor é mandado para o Rio. Muda-se para São Paulo, onde reside com Rubem Braga. Depois vai para a Bahia e em seguida, Sergipe; aqui imprime uma pequena edição do livro de poemas “A estrada do mar”, que distribui para os amigos. Estréia em dois consagrados idiomas literários do Ocidente: "Suor " sai em inglês pela pequena New America, de Nova York, e "Jubiabá" em francês pela prestigiosa Gallimard.
Retorna ao Rio no ano de 1939. Exerce intensa atividade política, em decorrência das torturas de presos e a desarticulação do Partido Comunista. Torna-se redator-chefe das revistas Dom Casmurro e Diretrizes. Inicia colaboração com a revista Vamos ler; que manterá até 1941. Compõe, com Dorival Caymmi e Carlos Lacerda, a serenata "Beijos pela noite". O escritor franco-argelino Albert Camus, futuro Nobel de Literatura (1957), escreve artigo no jornal Alger Républicain classificando "Jubiabá" de "magnífico e assombroso".
Diretrizes publica o primeiro capítulo de "ABC de Castro Alves", em 1940, e edita também, em forma de folhetim, a novela "Brandão entre o mar e o amor", iniciada por Jorge Amado e continuada por José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz. Trabalha no jornal Meio-Dia.
Decide escrever, em 1941, um livro sobre Luís Carlos Prestes, pensando numa possível campanha por sua anistia. Viaja para o Uruguai a fim de recolher material; também faz pesquisas sobre o tema na Argentina. Lança "ABC de Castro Alves", pela Livraria Martins Editora, de São Paulo.
Publica em Buenos Aires "A vida de Luís Carlos Prestes", em 1942. Embora editado em espanhol, o livro é vendido clandestinamente no Brasil. Volta ao país, mas é preso ao desembarcar em Porto Alegre. De lá é enviado para o Rio. Não permanece, porém, na então capital federal: a polícia decide despachá-lo para Salvador, onde fica confinado.
1943 marca sua volta às páginas de O Imparcial assinando a seção "Hora da guerra" e escrevendo pequenas histórias na coluna "José, o ingênuo", que reveza com o jornalista e escritor baiano Wilson Lins. Sai "Terras do sem fim", seu primeiro livro a ser vendido livremente após seis anos de censura.
Em 1944, a pedido de Bibi Ferreira escreve a peça "O amor de Castro Alves", mas a companhia teatral da atriz é desfeita antes da encenação. Lança "São Jorge dos Ilhéus". Desquita-se de Matilde.
Participa, em janeiro de 1945, na condição de chefe da delegação baiana, do I Congresso de Escritores, em São Paulo. O encontro termina com uma manifestação contra o Estado Novo. Jorge é preso por um breve período juntamente com Caio Prado Jr. O Barão de Itararé apresenta o romancista a Zélia Gattai na Boate Bambu, durante jantar em homenagem aos participantes do Congresso de Escritores. Passa a viver em São Paulo, onde chefia a redação do jornal Hoje, do Partido Comunista Brasileiro. Escreve também na Folha da Manhã. Torna-se secretário do Instituto Cultural Brasil-URSS, cujo diretor era Monteiro Lobato. Sai no Brasil "A vida de Luís Carlos Prestes", rebatizado de "O cavaleiro da esperança". Em julho, passa a viver com Zélia. No mesmo mês participa, ao lado do poeta chileno Pablo Neruda (que em 1971 ganharia o Nobel de Literatura), do comício de Luís Carlos Prestes no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Lança "Bahia de Todos os Santos". É eleito, com 15.315 votos, deputado federal pelo PCB. Publica o conto "História de carnaval" na revista O Cruzeiro. "Terras do sem fim" sai pela respeitada editora A. Knopf, de Nova York.
No ano seguinte assume o mandato na Assembléia Constituinte e passa a residir no Rio de Janeiro. Várias de suas emendas, como a da liberdade de culto religioso e a que dispõe sobre direitos autorais, são aprovadas. Lança "Seara vermelha", pela Martins e, pela Edições Horizonte, do Rio de Janeiro, "Homens e coisas do Partido Comunista". Entusiasmado com a leitura de "Jubiabá", chega à Bahia o fotógrafo e etnólogo francês Pierre Verger, que acabaria se radicando em Salvador e se tornando um dos amigos mais íntimos de Jorge Amado.
Publica, em 1947, pela Editora do Povo, do Rio de Janeiro, "O amor de Castro Alves". É um ano de vários acontecimentos na área do cinema para o escritor: a Atlântida compra os direitos de "Terras do sem fim"; ele escreve os diálogos do filme "O cavalo número 13", uma produção de Fernando de Barros e ainda o argumento de "Estrela da manhã", que seria dirigido por Mário Peixoto, encarregado também do roteiro (o filme acabou sendo feito, mas não por Peixoto). Nasce, no Rio de Janeiro, o filho João Jorge.
Com o cancelamento, em janeiro de 1948, do registro do Partido Comunista, o mandato de Jorge Amado é cassado. Sem assento na Câmara Federal e tendo seus livros considerados como "material subversivo", o escritor, ainda no mês de janeiro, parte sozinho em exílio voluntário para Paris. Em fevereiro, sua casa no Rio é invadida por agentes federais, que apreendem livros, fotos e documentos. Logo após o episódio, Zélia e o filho partem para Gênova, Itália, onde Jorge os apanha, levando-os a residir com ele em Paris. É nesta ocasião que o escritor trava amizade com Jean-Paul Sartre, Picasso e outros expoentes da literatura e da arte mundial. Na Polônia, participa do Congresso Mundial de Escritores e Artistas pela Paz. Com o título de "Terras violentas", estréia no Rio a adaptação da Atlântida do romance "Terras do sem fim". Para comemorar o primeiro aniversário do filho, escreve a história "O gato Malhado e a andorinha Sinhá". Viaja pela Europa e União Soviética.
Em 1949, dirigindo-se para a Tchecoslováquia, onde participaria de um congresso de escritores, sofre um acidente de avião na cidade de Frankfurt, Alemanha; escapa ileso. Morre no Rio, "de repente", conforme conta o escritor, sua filha Eulália.
Por motivos políticos, em 1950, o governo francês expulsa Jorge Amado e sua família do país. O escritor, Zélia e João Jorge passam a residir em Dobris, Tchecoslováquia, no castelo da União dos Escritores. Realiza viagens políticas pela Europa Central e União Soviética. Escreve "O mundo da paz", livro sobre os países socialistas.
No ano seguinte escreve o romance tripartido "Os subterrâneos da liberdade" (Os ásperos tempos, Agonia da noite e A luz no túnel). Sai no Brasil, pela Editorial Vitória, do Rio, o livro "O mundo da paz" pelo qual Jorge Amado seria processado e enquadrado na lei de segurança. Nasce em Praga sua filha Paloma. Recebe, em Moscou, o Prêmio Internacional Stalin.
Vai à China e à Mongólia, em 1952. Volta ao Brasil com a família fixando residência no apartamento de seu pai, no Rio de Janeiro. Responde ao processo por "O mundo da paz". O juiz responsável pelo caso arquiva o processo, dizendo que o livro "é sectário e não subversivo". Com a aprovação, nos Estados Unidos, da lei anticomunista, o escritor é proibido de entrar naquele país; seus livros também são vetados por lá.
Viaja à Europa, Argentina e Chile, em 1953. Na última etapa do giro, é informado sobre a doença de Graciliano Ramos. Volta ao Brasil para rever o amigo, que acabaria morrendo em seguida. Jorge Amado faz então o discurso de despedida à beira do túmulo de Graciliano, a quem substitui na presidência da Associação Brasileira de Escritores. Dirige a coleção "Romances do povo", da Editorial Vitória; acabará fazendo este trabalho até 1956. Sai a quinta edição de "O mundo da paz"; o escritor proíbe reedições da obra, por acreditar que o livro "trazia uma visão desatualizada da realidade dos países socialistas".
O romance "Os subterrâneos da liberdade" é lançado em três volumes, em 1954. A trilogia provoca uma dura reação dos trotskistas brasileiros, gerando polêmica com o jornalista Hermínio Sacchetta (o "Abelardo Saquilá" do romance). Sai em Portugal, pela Editorial Avante, um folheto de seis páginas assinado por Jorge Amado e Pablo Neruda, cujo objetivo era contribuir para a libertação do líder comunista Álvaro Cunhal e marcar posição contra o salazarismo.
De janeiro a março de 1955, permanece em Viena. Em dezembro faz rápida viagem à Bahia.
É lançada, pela Ricordi brasileira, em 1956, a partitura de "Não te digo adeus", com letra de Jorge Amado e música do músico e maestro amazonense Cláudio Santoro. Assume no Rio a chefia de redação do quinzenário Para-todos, ao lado do irmão James, de Oscar Niemeyer e Moacir Werneck de Castro, dentre outros. Sai do Partido Comunista, segundo explica, "porque queria voltar a escrever". Jorge Amado diz que sabia desde 1954 das atrocidades de Stalin, denunciadas publicamente neste ano no XX Congresso do PCUS. "Mas na realidade deixei de militar politicamente porque esse engajamento estava me impedindo de ser escritor", afirma.
Viaja ao Oriente ao lado de Zélia, Pablo e Matilde Neruda, em 1957. "Terras do sem fim" é lançado em quadrinhos. Carlo Ponti, cineasta italiano, compra os direitos de "Mar morto"; mas o filme não chega a ser realizado. Conhece a mãe-de-santo Menininha do Gantois, a quem ficaria ligado até a morte dela, ocorrida em agosto de 1986.
Na tranqüilidade de Petrópolis, em 1958, escreve "Gabriela, cravo e canela". O livro, publicado em agosto, esgota 20 mil exemplares em apenas duas semanas; até dezembro venderia mais de 50 mil exemplares. Sai o disco "Canto de amor à Bahia e quatro acalantos de Gabriela, cravo e canela", trazendo leituras de Jorge Amado e música de Dorival Caymmi.
No ano seguinte, "Gabriela" coleciona prêmios: Machado de Assis, do Instituto Nacional do Livro; Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Luiza Cláudio de Souza, do Pen Club, são alguns deles. O romance ultrapassa a casa dos 100 mil exemplares vendidos. Recebe em Salvador, do Axé Opô Afonjá, um dos mais altos títulos do candomblé, o de obá orolu (também receberam tal distinção o compositor Dorival Caymmi e o artista plástico Carybé). "Obá, no sentido primitivo, é um dos doze ministros de Xangô", explica Jorge Amado. Funda a Academia de Letras de Ilhéus. Lança na revista Senhor, do Rio de Janeiro, a novela "A morte e a morte de Quincas Berro Dágua"; a idéia inicial era que este texto, de 98 páginas datilografadas e escrito em dois dias, integrasse o romance "Os pastores da noite". Naquela mesma publicação sairia o conto "De como o mulato Porciúncula descarregou o seu defunto".
Na condição de vice-presidente da União Brasileira  de Escritores, Jorge Amado promove, com o então presidente Peregrino Jr., o Festival do Escritor Brasileiro num shopping center de Copacabana, em 1960. A data do evento, 25 de julho; acabaria sendo consagrada, por decreto governamental, como "Dia do Escritor". Ciceroneia o casal Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir em sua estada no Brasil.
Por unanimidade, é eleito, no dia 6 de abril de 1961, em primeiro escrutínio, para a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, que pertencia a Otávio Mangabeira. No mesmo mês estréia na Tv Tupi do Rio de Janeiro a adaptação de "Gabriela" feita por Antônio Bulhões de Carvalho e com direção de Maurício Sherman; no papel­título da novela está Janete Vollu de Carvalho e no de Nacib, Renato Consorte. A Metro Goldwin Mayer compra os direitos de adaptação para o cinema de "Gabriela". Com o dinheiro, Jorge  adquire um terreno em Rio Vermelho, então na periferia de Salvador, e começa a construir lá uma casa. Anos depois, o escritor recompraria do estúdio americano os direitos do romance. Ele assegura que não se lembra mais de nenhum dos valores negociados com a Metro. A posse na ABL acontece no dia 17 de julho; lá Jorge Amado é recepcionado por   Raimundo Magalhães Jr. Saí "Os velhos marinheiros", livro que comporta as novelas "A morte e a morte de Quincas Berro Dáguá" e "A completa verdade sobre as discutidas aventuras do comandante Vasco Moscoso de Aragão, capitão de longo curso". É eleito membro do Conselho da Presidência do Pen Club do Brasil. O presidente Juscelino Kubitschek convida-o para ser embaixador do Brasil na República Árabe Unida; o escritor recusa o convite. Homenagens no Rio, na Bahia e em outros estados por seus 30 anos de atividade literária; sua editora, a Martins, lança um livro alusivo à data. A revista francesa Les Temps Modernes publica a tradução de "A morte e a morte de Quincas Berro Dágua".
Seu pai morre no Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade, em 1962. Cria a Proa Filmes, companhia de cinema cujo primeiro e único trabalho é a adaptação de "Seara vermelha", com direção de Alberto D'Avessa e estrelada por Marilda Alves; o filme estrearia no ano seguinte. Saí, pela gráfica O Cruzeiro, o romance policial "O Mistério dos MMM", escrito por Jorge Amado, Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, José Condé, Guimarães Rosa, Antonio Callado, Orígenes Lessa e Rachel de Queiroz. Viagem a Havana, a convite da União dos Escritores Cubanos.
"O cavaleiro da esperança" é apreendido pela polícia, em 1963. Instala­se na casa do bairro de Rio Vermelho (à Rua Alagoinhas, 33), onde reside até falecer.
 Lança "Os pastores da noite", em 1964.
No ano seguinte publica o conto "As mortes e o triunfo de Rosalinda" na antologia "Os dez mandamentos", da editora Civilização Brasileira, do Rio de Janeiro. Graças à intervenção de Guilherme Figueiredo, então adido cultural do Brasil na França, Jorge Amado e sua família recebem autorização para poder entrar de novo naquele país. A Warner Brothers adquire os direitos de filmagem de "A completa verdade sobre as discutidas aventuras do comandante Vasco Moscoso de Aragão, capitão de longo curso".
Mais de mil pessoas comparecem à primeira sessão de autógrafos de Jorge Amado em Portugal, em 1966, na Sociedade Nacional de Belas Artes. O escritor chega aos mil autógrafos no lançamento de "Dona Flor e seus dois maridos" na livraria Civilização Brasileira, em Salvador. O romance sai com tiragem de 75 mil exemplares. Uma segunda sessão de autógrafos é marcada na capital baiana para atender aos leitores que ficaram de fora da primeira.

Jorge Amado por Carlos Scliar, artista plástico gaúcho, 1947.

A União Brasileira de Escritores, presidida por Peregrino Jr., apresenta em Estocolmo a candidatura formal de Jorge Amado ao Prêmio Nobel de Literatura, em 1967, embora o escritor a recuse. Durante duas horas e meia,Jorge depõe para o arquivo do Museu da Imagem e do Som, na presença de James Amado, do crítico Eduardo Portella e do romancista Antonio Olinto, dentre outros.
A UBE insiste em apresentar novamente a candidatura de Jorge Amado ao Nobel, em 1968. O escritor concorda, mas exige que ela seja feita junto com a do romancista português Ferreira de Castro, seu amigo. O cineasta polonês Roman Polanski visita o escritor na Bahia para "agradecer a alegria que seus livros me proporcionaram na juventude".
No ano seguinte lança "Tenda dos milagres" (tiragem de 75 mil exemplares), livro que começou a escrever na casa de campo do pintor baiano Genaro de Carvalho. Jorge dizia ter sido este seu melhor romance.
Recebe em São Paulo o Prêmio Juca Pato - 1970, da União Brasileira de Escritores, como "Intelectual do Ano". Lidera, ao lado do escritor gaúcho Érico Veríssimo, um movimento contra a censura prévia aos livros. Estréia o filme "Capitães da areia", produção americana dirigida por Hall Bartlett.
Seu primeiro neto, Bruno, filho de João Jorge e Maria da Luz Celestino nasce em Salvador, em 1971. Divide com Ferreira de Castro o Prêmio Gulbenkian de Ficção, entregue na Academia do Mundo Latino, em Paris. Faz conferência no Instituto de Letras da Universidade da Pensilvânia.
Sua mãe morre em Salvador, aos 88 anos de idade, em 1972. Nasce Mariana, a primeira neta, filha de Paloma e Pedro Costa. Sai "Tereza Batista cansada de guerra". A escola de samba Lins Imperial, do Rio de Janeiro, apresenta o enredo "Bahia de Jorge Amado". Numa viagem à Europa encontra, em Barcelona, o escritor colombiano Gabriel García Márquez, futuro Nobel de Literatura (1982).
Nasce Maria João, filha de João Jorge e Maria da Luz, em 1973. Fernando Sabino dirige um documentário sobre Jorge Amado, "Na casa do Rio Vermelho".
Inaugurado em Salvador o Hotel Pelourinho, com registro em placa da época em que o escritor morou naquele local, em 1974.
A Martins, que havia pedido concordata no ano anterior, começa a lançar livros de Jorge Amado em co-edição com a Record, do Rio de Janeiro, em 1975. Marcel Camus leva para o cinema o romance "Os pastores da noite", que é exibido na França com o título de "Otalia da Bahia". Este é o ano também da estréia do maior sucesso do escritor na TV: a adaptação de Walter George Durst do romance "Gabriela, cravo e canela", levada ao ar pela Rede Globo, com direção de Walter Avancini, Sônia Braga no papel-título e Armando Bogus interpretando Nacib.
Com o fechamento da Livraria Martins Editora, em 1976, Jorge passa a ser autor exclusivo da Record. Nasce a neta Cecília, filha de Paloma e Pedro Costa. Estréia no cinema "Dona Flor e seus dois maridos", de Bruno Barreto, com Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. Após três meses de exibição o filme bate recorde de bilheteria — dez milhões de espectadores. Na Bahia, começa a escrever "Tieta do Agreste". Participa da Feira Internacional do Livro de Frankfurt; que neste ano é dedicada à literatura latino-americana. A pedido do filho João Jorge e do amigo Carybé, que faz as ilustrações, publica "O gato Malhado e a andorinha Sinhá".
No ano seguinte, cercado de intensa campanha publicitária, é lançado no Rio o romance "Tieta do Agreste", que Jorge Amado concluíra em Londres. Também no Rio o autor, participa do ato de inauguração da rua Tieta do Agreste, localizada no Recreio dos Bandeirantes, zona sul da cidade. Recebe o título de sócio benemérito do afoxé Filhos de Gandhi. Estréia "Tenda dos milagres", filme de Nelson Pereira dos Santos. Interpreta um dos apóstolos de Cristo na cena da "Última Ceia" do filme A Idade da Terra, de Glauber Rocha. A casa onde o escritor viveu em Ferradas é tombada pela Prefeitura de Itabuna. Grava no Rio, para a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, trechos de seus romances "Os pastores da noite" e "Tereza Batista cansada de guerra".
Em 1978, Glauber Rocha realiza documentário abordando a obra de Jorge Amado. O escritor oficializa, no dia 13 de maio, sua união com Zélia Gattai; a cerimônia acontece na casa do pintor Calasans Neto, em Itapuã.
Sai "Farda fardão camisola de dormir", em 1979. Estréia na Broadway o musical Saravá, de Richard Nash e Mitch Leigh, baseado em "Dona Flor e seus dois maridos". Escreve, sob encomenda de um banco, para uma edição especial de fim de ano, o conto "Do recente milagre dos pássaros acontecido em terras de Alagoas, nas ribanceiras do rio São Francisco". Lança em disco, pela Som Livre, uma versão do livro "Bahia de Todos os Santos".
Nasce João Jorge Filho, em 1980, outro neto que lhe é dado por João Jorge e Maria da Luz. A revista Vogue Brasil dedica um número a Jorge Amado, que escreve o texto "O menino grapiúna", onde conta reminiscências da época em que viveu na região cacaueira. Daí surgiu a idéia de "Tocaia Grande", que falaria do nascimento e desenvolvimento de uma cidade naquela área. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia. É condecorado como Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada pelo presidente português Ramalho Eanes. Participa, na condição de convidado especial, do programa L'apostrophe, da televisão francesa, comandado por Bernard Pivot.
"O menino grapiúna" é lançado numa edição não-comercial, em 1981. O jornal francês Le Matin publica o conto "Do recente milagre dos pássaros acontecido em terras de Alagoas, nas ribanceiras do rio São Francisco". "Terras do sem fim" estréia na Tv Globo (adaptação de Walter George Durst e direção de Herval Rossano); na trilha sonora, Jorge Amado assina, com Dorival Caymmi, a música Cantiga de cego. No centenário de Ilhéus, o escritor é homenageado com uma placa e uma escultura de bronze numa rua que leva seu nome; uma outra rua ganha o nome de seu pai. É entrevistado em Salvador pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa, que à época apresentava, nas noites de domingo, um programa na TV de seu país.
O autor passa a ser nome de rua em Itapuã, em 1982. É homenageado no carnaval de Salvador pelo bloco Dengo da Bahia, que apresenta o enredo Bahia de Jorge Amado. Começa a escrever "Bóris, o vermelho", que, por diferentes motivos, seria seguidamente interrompido e acabou não sendo  concluído. Na primeira vez que adiou a redação de "Bóris", disse que foi "porque a idéia não estava bem amadurecida". Jorge Amado inicia "Tocaia Grande". A Caixa Econômica Federal lança seis milhões de bilhetes de loteria com a efígie do escritor. Zélia Gattai publica Um chapéu para viagem, onde conta como conheceu Jorge. Sai a edição comercial de "O menino grapiúna".
Nasce Jorge Amado Neto, filho de João Jorge com sua segunda mulher, Rízia Vaz Coutrim, em 1983. Inaugurado em Ferradas um busto do escritor. Estréia o filme "Gabriela", co-produção Brasil­Itália dirigida por Bruno Barreto com Sônia Braga no papel-título e o ator italiano Marcello Mastroianni interpretando Nacib.
Em 1984, publica "Tocaia Grande" (com uma anunciada tiragem inicial de 150 mil exemplares). Tenta retomar "Bóris, o vermelho", mas o deixa de lado para escrever "A guerra dos santos", título original do romance que se chamaria "O sumiço da santa". O presidente francês, François Mitterrand, outorga-lhe a comenda da Legião da Honra. Lança "A bola e o goleiro", uma história infantil. Começa a articular a criação da Fundação Casa de Jorge Amado. Zélia publicaSenhora dona do baile, onde fala do primeiro exílio do escritor.
Toma posse na Academia de Letras da Bahia (cadeira 21), em 1985. Recebe o título de Grão-Mestre da Ordem do Rio Branco, no grau de Grande Oficial, oferecido pelo governo brasileiro. Participa do Festival de Cinema de Cannes. É homenageado pelo Centro Georges Pompidou, de Paris, onde se realiza um debate sobre sua obra. Estréia na Rede Globo a minissérie "Tenda dos milagres" (adaptação de Aguinaldo Silva e Regina Braga e direção de Paulo Afonso Grisolli, Maurício Farias e Ignácio Coqueiro; no papel de Pedro Archanjo, Nelson Xavier).
Morre, em 1986, aos 73 anos de idade, sua ex-esposa Matilde Mendonça Garcia Rosa. Participa, como presidente do júri, do VIII Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em Cuba; na ocasião, é homenageado por Fidel Castro. Decreto assinado pelo presidente José Sarney no dia 2 de julho, data de aniversário de Zélia Gattai, cria a Fundação Casa de Jorge Amado. Lança, pela Berlendis & Vertecchia, de São Paulo, "O capeta Carybé", sobre o artista plástico argentino, nascido Hector Julio Páride Bernabó, seu amigo desde os anos 50, quando se instalou na Bahia.
Inaugurada, no dia 7 de março de 1987, a Fundação Casa de Jorge Amado, que passa a desenvolver intenso trabalho de preservação e divulgação da obra do escritor. Na presidência da entidade está Germano Tabacof e na diretoria executiva, Myriam Fraga. O símbolo da Casa é um exu desenhado por Carybé, que já vinha aparecendo nas edições dos livros de Jorge Amado. Segundo o escritor, exu é um deus dos mais importantes nas religiões fetichistas; se elas admitissem a existência do diabo, ele seria o diabo. Segundo as mães-de-santo, "exu é uma divindade travessa, uma criança, que adora pregar peças e, principalmente, não admite censura". Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Lumière, da cidade francesa de Lyon. Lançamento da revista Exu, da Fundação Casa de Jorge Amado; o número de estréia traz uma bibliografia do escritor e um texto dele intitulado "O enterro do Yalorixá". Zélia lança o livro Reportagem incompleta, que reúne fotos que ela fez de Jorge Amado. O escritor recebe o título de sócio honorário do Pen Club do Brasil. Lançado 0 filme "Jubiabá", dirigido por Nelson Pereira dos Santos.
Zélia Gattai publica, em 1988, Jardim de inverno, onde fala do exílio na Tchecoslováquia em companhia de Jorge Amado. A Orquestra Sinfônica da Bahia, sob regência do maestro Carlos Veiga, apresenta uma peça do compositor paulista Francisco Mignone inspirada em "A morte e a morte de Quincas Berro Dágua". Publica "O sumiço da santa". Recebe em Brasília o Prêmio Pablo Picasso, da Unesco, durante o Simpósio Internacional de Escritores da América Latina e do Caribe. Inauguração, em Ilhéus, da Casa de Cultura Jorge Amado.
A escola de samba Império Serrano, do Rio de Janeiro, apresenta o enredo "Jorge Amado - Axé, Brasil", em 1989. Recebe o Prêmio Pablo Neruda, da Associação dos Escritores Soviéticos. Estréia na Rede Globo a novela "Tieta", com adaptação de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares e direção de Paulo Ubiratan, Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho; no papel-título, Bety Faria. Jorge Amado é entrevistado no programa do escritor Georges Simenon na TF1 (França). Escreve texto em favor da candidatura à Presidência da República, pelo Partido Comunista Brasileiro, do deputado federal Roberto Freire (PE). Estréia na Tv Bandeirantes a minissérie "Capitães da areia", com adaptação de José Louzeiro e Antonio Carlos Fontoura e direção de Walter Lima Jr.
Em 1990, participa, como representante do Brasil, da comissão internacional que dará assessoria ao projeto de reconstrução da antiga biblioteca de Alexandria, no Egito. Aberto em Recife o arquivo do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) pernambucano, no qual o prontuário de número 6.172 trata das atividades políticas de Jorge Amado. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Israel e da Universidade Dagli Studi de Bari, Itália. Na Itália recebe os prêmios Cino del Duca, concedido por um júri presidido pelo escritor Maurice Druon, secretário-geral da Academia Francesa. A Universidade Livre de Berlim realiza o seminário "Cultura popular na obra de Jorge Amado".
Paralelamente a "Bóris, o vermelho", escreve "Navegação de cabotagem", relato memorialístico, em 1991. Recebe o teatrólogo e novelista Dias Gomes na Academia Brasileira de Letras. Escreve, sob encomenda, para uma empresa italiana, a história "A descoberta da América pelos turcos", que deveria ser incluída num livro ao lado de textos do americano Norman Mailer e do mexicano Carlos Fuentes. Preside o 14° Festival Cultural de Asylah, Marrocos, cujo tema é "Mestiçagem, o exemplo do Brasil". Participa do Fórum Mundial das Artes em Veneza, Itália.
Estréia na Rede Globo, em 1992, a minissérie "Tereza Batista" (com adaptação de Vicente Sesso, direção de Paulo Afonso Grisolli e Patrícia França no papel-título). Publica "Navegação de cabotagem". Uma série de eventos comemora os 80 anos do escritor. As principais homenagens, naturalmente, se concentram em Salvador: shows no Pelourinho, debates, exposições. Para festejar a data, a Fundação Casa de Jorge Amado publica o livro "Jorge Amado: 80 anos de vida e obra", organizado por Maried Carneiro e Rosane Canelas Rubim. Paloma Amado e Pedro Costa iniciam a revisão completa da obra do escritor, a fim de eliminar erros acumulados ao longo das sucessivas reedições de seus livros. É homenageado no Centro Georges Pompidou com a exposição Jorge Amado, écrivain de Bahia; no mesmo local participa do seminário "Reencontro de dois mundos", realizado para comemorar o quarto centenário do descobrimento da América.
Publica, em 1994, no Brasil, "A descoberta da América pelos turcos" (o projeto do livro com Mailer e Fuentes não vingara, mas o texto de Jorge Amado já tinha saído em 1992 na França). "Gabriela, cravo e canela" inaugura a série de relançamentos revisados da obra do escritor.
Recebe, dos governos brasileiro e português, o Prêmio Camões, em 1995. Começa a escrever um romance provisoriamente intitulado "A apostasia universal de Água Brusca", que focaliza a luta pelo poder entre a igreja e os coronéis do sertão baiano. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Pádua, Itália; também na Itália é contemplado com o Prêmio Vitaliano Brancatti. João Moreira Salles realiza o documentário "Jorge Amado".
Em maio de 1996, o escritor sofre em Paris um edema pulmonar. Depois de dez dias de internação, recebe alta e viaja para Salvador, onde em julho comemora com os amigos os 80 anos de Zélia. Estréia "Tieta do Agreste", filme de Cacá Diegues, que também assina o roteiro, ao lado de João Ubaldo Ribeiro e Antonio Calmon. No papel­título, Sônia Braga. Em outubro, é submetido a uma angioplastia. A operação mobiliza atenções do país inteiro e é coroada de pleno êxito. Na saída do hospital o escritor anuncia que retomará "brevemente" seus projetos literários.
O romance "Tieta do Agreste" é escolhido como tema do carnaval de Salvador, em 1997. No domingo de folia, o bloco "Amigos do Amado Jorge", liderado pelo cantor e compositor Caetano Veloso, desfila em homenagem ao romancista, que assiste à festa ao lado de Zélia Gattai no camarote da passarela da Praça do Campo Grande. A editora Record lança "Milagre dos Pássaros", livro com conto ainda inédito no Brasil.
No Salão do Livro de Paris, em 1998, é uma das principais atrações e recebe o título de Doutor Honoris Causa na Sorbonne.  Estréia na Rede Globo a mini-série "Dona Flor e seus dois maridos", adaptação de Dias Gomes para o romance de mesmo nome.
Em maio de 1999, é hospitalizado para fazer exames de rotina e tratar de um mal-estar digestivo.  Em junho, a Fundação Casa de Jorge Amado lança o livro "Rua Alagoinhas 33, Rio Vermelho", sobre a casa em que o autor vivia e sobre seu cotidiano.
Cada vez mais recluso, face a seus problemas de saúde, comemora em agosto de 2000, com poucos amigos e a família, seus 88 anos. Vivia deprimido por se encontrar quase sem enxergar, sob dieta rigorosa, privando-se do que muito gostava: de escrever, de ler um bom livro e de um bom prato.
No dia 21 de junho de 2001, Jorge Amado é internado com uma crise de hiperglicemia e tem uma fibrilação cardíaca. Após alguns dias, retorna à sua casa, porém, em 06 de agosto volta a se sentir mal e falece na cidade de Salvador às 19,30 horas. A seu pedido, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram espalhadas em torno de uma mangueira em sua residência no Rio Vermelho.
Leia a linda crônica escrita por João Ubaldo Ribeiro, "Jorge Amado e eu", onde nos fala da dor pela perda de seu grande amigo e incentivador.

Bibliografia
Individuais

Romances:

O País do Carnaval, 1931

Cacau, 1933

Suor, 1934

Jubiabá, 1935

Mar Morto, 1936

Capitães da Areia, 1936

Terras do Sem Fim, 1943

São Jorge dos Ilhéus, 1944

Seara Vermelha, 1946

Os Subterrâneos da Liberdade (3v), 1954 (v. 1:Os Ásperos Tempos; v. 2: Agonia da Noite; v. 3: A Luz no Túnel)

Gabriela, Cravo e Canela: crônica de uma cidade do interior, 1958

Os Pastores da Noite, 1964

- Dona Flor e Seus Dois Maridos: esotérica e comovente história vivida por Dona Flor, emérita professora de Arte Culinária, e seus dois maridos — o primeiro, Vadinho de apelido; de nome Teodoro Madureira e farmacêutico o segundo ou A espantosa batalha entre o espírito e a matéria, 1966

Tenda dos Milagres, 1969

Teresa Batista Cansada da Guerra, 1972

Tieta do Agreste: pastora de cabras ou A volta da filha pródiga, melodramático folhetim em cinco sensacionais episódios e comovente epílogo: emoção e suspense!, 1977

Farda Fardão Camisola de Dormir:fábula para acender uma esperança, 1979

Tocaia Grande: a face obscura, 1984

O Sumiço da Santa: uma história de feitiçaria, 1988

A Descoberta da América pelos Turcos ou De como o árabe Jamil Bichara, desbravador de florestas, de visita à cidade de Itabuna, para dar abasto ao corpo, ali lhe ofereceram fortuna e casamento ou ainda Os esponsais de Adma, 1994

O Compadre de Ogum, 1995
Novelas
A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua, 1959

A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua (publicada juntamente com Os Velhos Marinheiros ou A completa verdade sobre as discutidas aventuras do Comandante Vasco Moscoso de Aragão, capitão de longo curso, in Os velhos marinheiros, 1961

Os Velhos Marinheiros ou A completa verdade sobre as discutidas aventuras do comandante Vasco Moscoso de Aragão, capitão de longo curso, 1976
Literatura Infanto-Juvenil:

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor, 1976

A Bola e o Goleiro, 1984

O Capeta Carybé, 1986
Poesia:

A Estrada do Mar, 1938
Teatro:

O Amor do Soldado, 1947 (ainda com o título O Amor de Castro Alves), 1958
Contos:

Sentimentalismo, 1931

O homem da mulher e a mulher do homem, 1931

- História do carnaval, 1945

As mortes e o triunfo de Rosalinda, 1965

Do recente milagre dos pássaros acontecido em terras de Alagoas, nas ribanceiras do rio São Francisco, 1979

O episódio de Siroca, 1982

De como o mulato Porciúncula descarregou o seu defunto, 1989
Relatos autobiográficos:

O menino grapiúna, 1981

Navegação de cabotagem: apontamentos para um livro de memórias que jamais escreverei, 1992
Textos autobiográficos:

ABC de Castro Alves, 1941

O cavaleiro da esperança, 1945
Guia/Viagens:

Bahia de Todos os Santos: guia de ruas e de mistérios, 1945

O mundo da paz (viagens), 1951

Bahia Boa Terra Bahia, 1967

Bahia, 1970

Terra Mágica da Bahia, 1984.
Documento político/Oratória:

Homens e coisas do Partido Comunista, 1946

Discursos, 1993
Livro traduzido:

Dona Bárbara (Doña Barbara), romance do venezuelano Rómulo Gallegos, 1934
Em parceria:

Lenita (novela), com Edison Carneiro e Dias da Costa, 1929

Descoberta do mundo (literatura infantil), com Matilde Garcia Rosa, 1933

Brandão entre o mar e o amor, com José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz, 1942

O mistério de MMM, com Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Rachel de Queiroz, José Condé, Guimarães Rosa,  Antônio Callado e Orígines Lessa, 1962
Publicações no exterior:

Segundo a Fundação Casa de Jorge Amado, existem registros oficiais de traduções de obras do escritor para os seguintes idiomas: azerbaidjano, albanês, alemão, árabe, armênio, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo, sérvio, sueco, tailandês, tcheco, turco, turcumênio, ucraniano e vietnamita (48 no total). Essas traduções foram publicadas no mínimo nos seguintes países: Albânia, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Armênia, Áustria, Azerbaidjão, Bulgária, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Eslováquia, Estônia, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irã, Islândia, Israel, Itália, Iugoslávia, Japão, Letônia, Lituânia, México, Mongólia, Noruega, Paraguai, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, Rússia, Suécia, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Uruguai, Venezuela e Vietnã; o Brasil também deve ser computado em função da edição nacional em esperanto, totalizando 52 nações.

Dados extraídos de livros do autor, portais da Internet, outros livros e revistas e, em especial, dos Cadernos de Literatura Brasileira publicados pelo Instituto Moreira Salles.