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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Pacote para curtir Carnaval de perto chega até R$ 12 mil; veja levantamento de preços



Você é daqueles apaixonados por Carnaval, que não gostam de perder nenhum detalhe da folia de momo? Não abre mão de acompanhar a maior festa de rua do planeta bem de perto todo ano? Então, preste bem atenção nestes dois conselhos. Um: prepare o bolso, porque o custo para se hospedar próximo aos circuitos pode chegar a custar até R$ 12 mil, a depender do nível de conforto buscado. Dois: corra o quanto puder, pois vários hotéis e pousadas já estão lotados ou vendendo suas últimas vagas.Opções Há opções de hospedagem para todos os gostos - desde quartos coletivos em albergues a preços mais acessíveis a apartamentos estilo estúdio, em empreendimentos do tipo flat. Em um levantamento feito pelo CORREIO em 29 hotéis dos três circuitos - Centro Histórico, Campo Grande e Barra - e suas adjacências, as opções mais baratas são os tradicionais albergues da juventude ou hostels. Neles, é possível alugar uma cama em quartos coletivos com até oito pessoas.É o caso, por exemplo, do Hostel das Laranjeiras, no Pelourinho, e da Pousada e Albergue Âmbar, na Barra. No hostel do Centro Histórico, o pacote individual para seis noites em um quarto coletivo de oito pessoas custa R$ 898. No albergue da Barra, localizado na Rua Afonso Celso, o mesmo pacote, de 27 de fevereiro a 5 de março, custa R$ 950.Clique na imagem abaixo para aumentar Em ambos os casos, os pacotes podem se esgotar a qualquer momento. No Âmbar, por exemplo, todas as reservas já tinham sido vendidas para o período. “Hoje, só temos uma vaga porque uma pessoa não pode vir e desistiu da reserva”, afirmou uma funcionária do estabelecimento.Quem optar por ficar em um albergue terá direito a café da manhã, mas abrirá mão do conforto, pois os quartos coletivos não possuem banheiro interno. Eles são compartilhados e ficam do lado de fora dos quartos.Conforto Por outro lado, quem não abrir mão de uma hospedagem privativa e confortável terá que desembolsar bem mais. Esse é o caso, por exemplo, do Hotel Boutique A Casa das Portas Velhas, localizado no Largo da Palma, próximo ao circuito do Centro. O hotel quatro estrelas, que possui acomodações de luxo e regalias como jacuzzis, só tinha disponível ontem o pacote mais caro - chamado Pacote Luxo. A hospedagem para um casal de 27 de fevereiro a 5 de março custa R$ 3.627.Escolher se hospedar em acomodações de empreendimentos do tipo flat pode sair ainda mais caro, especialmente no Circuito Dodô (Barra/Ondina), o mais badalado do Carnaval soteropolitano. É o caso do Farol Barra Flat, localizado na Avenida Oceânica. Um quarto estilo estúdio com vista para o mar e janela voltada para a avenida onde passarão os trios elétricos chega a custar R$ 12 mil para as mesmas seis noites.Nesse mesmo empreendimento, um estúdio lateral, com vista parcial para a avenida, custa R$ 9 mil, enquanto o apartamento com vista para as ruas do fundo custa R$ 8 mil. “Os quartos são totalmente equipados, com cama, TV, ar condicionado, frigobar, cozinha americana e banheiro com água quente”, diz a gerente de reservas Gilmara Bezerra.A vantagem de escolher esse tipo de hospedagem é a possibilidade de dividir os custos: o empreendimento aceita hospedar até quatro indivíduos por apartamento e disponibiliza sofás-cama. Mesmo com um preço mais elevado, apenas quatro quartos de um total de 80 unidades permanecem disponíveis para aluguel.Também na Avenida Oceânica, o Bahia Flat disponibiliza apartamentos de estilo semelhante por R$ 5 mil, por sete noites. A capacidade máxima de hospedagem também é de quatro pessoas. “Um flat é uma hospedagem que inclui apetrechos domésticos, mas com a opção de todos os serviços tradicionais da hotelaria”, explica o gerente Ivonaldo Freitas.Bairros vizinhos ao circuito, como o Rio Vermelho, também possuem opções de hospedagem. É o caso do Bahia Park Hotel, localizado no Largo da Mariquita. O quarto duplo custa R$ 2.887 durante seis noites. Por sua vez, o quarto triplo custa R$ 3.412.LotadosVários dos hotéis pesquisados pelo CORREIO já não tinham vagas disponíveis durante o Carnaval. É o caso, por exemplo, do Hotel Villa Bahia, no Pelourinho; o Zank Boutique Hotel, no Rio Vermelho; e as pousadas Beijaflor e do Boqueirão, no bairro do Santo Antônio.Salvador possui 21 hotéis adaptados para pessoas especiaisUma lista divulgada pela Secretaria do Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA) aponta que 21 hotéis da capital baiana são adaptados para cadeirantes e portadores de deficiências físicas. Desses, 11 estão em bairros como Barra, Centro Histórico e Ondina.Outros cinco ficam no Rio Vermelho, bairro vizinho ao principal circuito da folia de momo. Outros cinco ficam em bairros distantes do circuito, como Stella Maris, Itapuã e Itaigara. Localizado entre o Farol da Barra e o Cristo, o Monte Pascoal Praia Hotel oferece gratuitamente transfer do hotel para o aeroporto, de segunda a sexta-feira, além de dispor de amplo apartamento adaptado, com varanda e vista para o mar. O Monte Pascoal foi bem avaliado pelo blog voltado para o público cadeirante O Viajante Especial. “Este é um bom hotel, com um ótimo atendimento e um excelente café da manhã. Por estar situado na orla, o ‘especial’, se estiver acompanhado, poderá sair do hotel com sua cadeira de rodas, para curtir um pôr do sol à beira do mar ou mesmo para fazer algumas compras, pois o hotel também está localizado numa área comercial, com lojas, farmácias, bancos e restaurantes”, destaca o blog, que, no entanto, faz algumas críticas. “Ao lado do vaso sanitário tem uma barra, mas está numa posição que não ajuda muito o cadeirante. Se você estiver sozinho, poderá ter problemas, pois o vaso é um pouco baixo”, adverte.Hoteleiros reclamam de ‘ano ruim’ e atribuem a culpa ao MundialApesar de vários hotéis estarem lotados, alguns representantes da hotelaria têm reclamado de um ano ruim. Segundo eles, o normal para este período seria que a maioria dos hotéis dos circuitos e suas adjacências já estivessem com as reservas esgotadas, o que não havia ocorrido até ontem. Entre as razões para isso, eles apontam o alto preço das passagens aéreas, a imagem ruim de Salvador no mercado internacional e outro fator curioso: a preferência do consumidor por guardar dinheiro para visitar a cidade na Copa do Mundo.O Bahia Park Hotel, no Rio Vermelho, por exemplo, ainda tem 15 apartamentos disponíveis para o período do Carnaval, de um total de 55. “A procura está fraca. Quando passamos as tarifas, alguns dizem que vão deixar para vir no período da Copa e não podem gastar nas duas oportunidades”, relatou a promotora de vendas Gisélia de Jesus.“Nosso Carnaval está bastante atípico. Se fosse nos outros anos, e olhe que eu estou há dez anos no ramo, não haveria nenhuma vaga a 15 dias do Carnaval”, disse o empresário Giovanni Pipolo, proprietário dos hotéis Suítes do Pelô e do Sobrado 25 - esse último inaugurado no domingo passado.“Na hora que abri, já fechamos reservas de duas pessoas para a Copa, mas para o Carnaval, nada ainda”, contou. Identificado apenas como Willy, o proprietário da Pousada Villaverde, no Morro do Gavazza, atribui a baixa procura à reputação ruim de Salvador no exterior. “A imagem de Salvador está péssima fora do país”, opina o empresário.
 
Victor Longo e Joana Rizério - Correio da Bahia

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