A Senadora eleita Lidice da Mata PSB em entrevista ao Bahia Noticias fala do crescimento do Partido Socialista Brasileiro, se depender da primeira senadora eleita pela Bahia, o atual presidente do Senado Federal não se reelegerá no próximo biênio.
Bahia Notícias: O PSB baiano sai com o saldo, na eleição deste ano, de sua vitória na disputa por uma das vagas ao Senado, mas não elegeu nenhum deputado estadual ou federal. Como avalia o desempenho do PSB na eleição?
Lídice da Mata: O PSB é vitorioso na Bahia e no Brasil. Nós reelegemos bem nossos dois governadores, ganhamos em Espírito Santo, que não tínhamos, ganhamos três eleições ao Senado, e temos mais três candidatos a governadores no 2º turno, em Piauí, Paraíba e Amapá. Então o PSB sairá com uma vitória nacional importante. Aqui na Bahia, a estratégia do partido foi priorizar a eleição de senador. Nós sabíamos que seria uma eleição difícil, dos deputados federais, nesta coligação. Na eleição passada fizemos uma coligação com o PMDB, mais leve que a com o PT. Sabíamos que era uma coligação muito grande, o partido pretendia sair sozinho pra disputar a eleição de deputado estadual e federal, mesmo correndo o risco de não fazer ninguém. Abrimos mão nisso, em função de compreender de que entrando na chapa majoritária tínhamos que sacrificar, pelo objetivo maior de ter um senador da Republica. Imaginar que o PSB saiu derrotado das eleições não é verdade. Tivemos quatro candidatos a deputado federal, uma eleição como a de Domingos Leonelli que saiu de última hora para me substituir, nunca foi candidato, concorrendo com candidaturas que estavam estabelecidas dentro do governo e fora dele por muito tempo. Era a chapa mais competitiva que existia. Tivemos dois candidatos competitivos: Leonelli teve 50 mil votos e Bebeto teve 44 mil. Tivemos votos para eleger um deputado federal. Não conseguimos unificar uma estratégia que concentrasse em uma candidatura só. Nós temos um partido forte em Vitória da Conquista. Tivemos uma candidatura lá com 17 mil votos e outra com 15 mil para estadual, mas em muitos momentos é difícil convencer o partido a ter um projeto regional e não um projeto municipal.
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