Translate

Pesquisar este blog

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Crianças e jovens pedem atenção do governo para as mudanças climáticas

Crianças e jovens de comunidades tradicionais de diferentes regiões do país estiveram em Brasília para chamar atenção do governo sobre as mudanças no clima. Após três dias de seminário, na última quarta, dia 8, ocorreram reuniões com parlamentares e representantes do governo.
Pela manhã, cantos típicos de regiões quilombolas davam o tom das ações em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil, onde trabalha a equipe de Dilma Rousseff. O grupo de cerca de 30 crianças e adolescentes, foi recebido por uma assessora da equipe de transição do governo. A presidente eleita não participou da reunião porque já tinha compromissos agendados.
Cada um dos representantes de comunidades indígenas, quilombolas, do semi-árido, do cerrado e da Amazônia expôs as consequências das mudanças climáticas nas regiões. No Congresso Nacional, uma pausa pra garantir as recordações. Recebidas pelo senador Eduardo Suplicy, as crianças leram uma carta com pedidos aos parlamentares.
– Essas crianças e adolescentes trouxeram informações muito qualificadas do seu lugar e relatos muito dramáticos sobre os efeitos das mudanças já hoje nos seus lugares de origem – afirmou o coordenador do encontro, Adriano Martin.
Moradora de uma comunidade na Raposa Serra do Sol, em Roraima, Erlize de Souza, de 13 anos, já percebe as consequências dos descuidos com a natureza:
– O meu avô fala pra gente que antes eles sabiam exatamente o tempo que ia começar o inverno e quando ia terminar e agora não sabem mais. No ano passado não choveu nenhuma vez, e esse ano está chovendo bastante. Até agora não parou. E a gente plantou mandioca, macaxeira, e a água levou tudo. A gente não aproveitou nada – contou
Da visita a Brasília, Erlize leva pra casa a esperança:
– A gente espera que eles não apóiem mais esses projetos, principalmente nas terras indígenas, como projetos de hidrelétrica, porque vai afetar as nossas vidas e as vidas marinhas também.

Fonte: Canal Rural

Nenhum comentário: