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domingo, 14 de novembro de 2010

Dia Mundial do Diabetes. 14 de Novembro

A diabetes mellitus é um síndrome caracterizado por hiperglicémia crónica, ou seja, o nível de açúcar no sangue (glicémia) está aumentado para lá dos valores normais, devido a uma perturbação no funcionamento da hormona insulina.
Normalmente o que a insulina faz é facilitar a entrada da glicose que está em circulação nas células que a vão utilizar na produção de energia para o seu funcionamento. Se a insulina não existe ou não funciona, a glicose mantém-se no sangue e dá hiperglicémia.
Esta perturbação tem 2 formas distintas e por isso há 2 tipos de diabetes: tipo I, que se chama vulgarmente diabetes insulino-dependente e tipo II, que se chama vulgarmente diabetes não-insulino-dependente.
Na diabetes tipo I, o que acontece é uma falta de insulina, de forma que o funcionamento normal da insulina não acontece. A causa para a falta de insulina é uma lesão nas células do pâncreas que a produzem: as células b dos ilhéus de Langerhans. Geralmente essa lesão dá-se porque o sistema imunitário do indivíduo reage contra essas células, destruindo-as.
Na diabetes tipo II, o que acontece é que as células não respondem ou respondem mal à insulina, diz-se que têm resistência à insulina. Geralmente existe uma predisposição genética para essa resistência (por isso é que é mais provável desenvolver diabetes se se tiver um ou mais diabéticos na família). A obesidade é outro factor que facilita o desenvolvimento de resistência à insulina.

O que é que acontece a quem tem diabetes?

A glicose em excesso no sangue faz com que se formem agregados deste açúcar que são tóxicos para as células e faz com que as proteínas se liguem também a esses açúcares prejudicando o seu funcionamento normal. Assim vão existir várias complicações a nível de vários órgãos, nomeadamente nos vasos e nos nervos. O diabético tem alterações vasculares no rim (que podem levar a insuficiência renal) e na retina (que podem levar a cegueira) e tem tendência aumentada para a aterosclerose, ou seja, a doença dos vasos que faz com que eles fiquem mais estreitos e dá origem a enfartes de vários órgãos, desde o coração até ao cérebro (AVC isquémico). O diabético tem também alterações dos nervos e deixa de sentir a maior parte das dores (pode não se aperceber que teve um enfarte do miocárdio, por exemplo). A complicação mais frequente desta alteração nervosa é o “pé-diabético”. O que acontece é que o diabético não sente os traumatismos no pé e pode andar com feridas enormes sem dar por isso. As feridas infectam e têm dificuldade em cicatrizar e muitas vezes é necessário proceder a amputações para que a infecção não chegue ao sangue (septicémia) e provoque a morte (por choque séptico).

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