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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Excelência no Atendimento ao Cliente

Mari Pessin

Falar para outras pessoas sobre um determinado assunto nos leva sempre a algumas reflexões, principalmente sobre qual caminho estamos indicando.
Ao longo desses 20 anos de experiência no serviço público, tive a oportunidade de me deparar com diversas situações, algumas delas faço questão de levar para minhas palestras e cursos pelo Brasil afora, claro que em nome da ética, cuido para não revelar nomes, identidades ou local, mas aproveito para que cada vivência sirva de aprendizado para aqueles que buscam uma resposta para o descrédito que assola o serviço público neste país. Tarefa árdua, pois a cada novo amanhecer algum de nossos “representantes”, resolve agir em prol de si mesmo, esquecendo-se de sua função primordial, trabalhar pelo bem comum.
A preocupação com a excelência na prestação de serviços públicos, surge no momento em que o cidadão, de posse da informação, compreende finalmente que tem direitos e passa a exigir o cumprimento dos deveres do Estado, este por sua vez obriga-se a transformar impostos em serviços e benefícios para a comunidade.
Para o agente público, que também é dependente da ação do estado, costumo dizer que precisamos ter em mente para quem estamos trabalhando, saber se os projetos tem praticidade e aplicabilidade, se correspondem aos anseios da população? Ou são perfeitos apenas no papel, de nada adiante ter um ótimo serviço público se ele não servir o público ao qual se destina.
Felizmente temos toda a gama de profissionais sérios e envolvidos com o servir e assim acabam fazendo acontecer em prol da coletividade. Mas ainda resta aquela pergunta que não quer calar.
O serviço público funciona?
É claro que sim, basta olhar em volta, temos um país com belíssimas cidades e estados planejados com maestria e funcionando na maioria dos casos muito bem; cidades que são planejadas, construídas e cuidadas por servidores públicos.
Portanto nem tudo está perdido. A existência de escolas do legislativo em quase todos os estados brasileiros são como uma luz no fim do túnel, possibilitando o investimento em educação para os agentes público e políticos.
Somente através da educação conseguiremos mudar nossa cultura de que tudo que é público, é de graça e não precisa ser de qualidade.
A organização deve incentivar a capacitação e promover o crescimento pessoal de seus colaboradores, valorizando aqueles que se destacam, pois não há aprendizagem de novas culturas sem aprendizagem individual.
Com a valorização o indivíduo se sentirá parte de um todo, garantindo assim excelência em suas ações, que refletirão em melhores serviços.
Não haveria necessidade do serviço se não houvesse a demanda, portanto o cidadão é a razão da instituição pública existir.
Maus políticos vem e vão, mas o servidor permanece e faz acontecer.
Lembre-se, o grande objetivo de qualquer proposta para um atendimento adequado para a população é a busca da igualdade. Pensou na Constituição Federal? Não é mero acaso.
Texto escrito por:  Mari Pessin

Um comentário:

Priscila Bueno disse...

Belo texto.. um dia, quem sabe... chegaremod a excelencia!